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Interior

Golpistas enganam familiares de pacientes pedindo dinheiro para exames

Golpe conhecido continua sendo aplicado e dessa vez é contra pacientes da UTI de hospital público de Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 26/07/2016 14:22
Direção de hospital já denunciou caso à polícia, mas golpe continua (Foto: Arquivo)
Direção de hospital já denunciou caso à polícia, mas golpe continua (Foto: Arquivo)

Para ganhar dinheiro fácil, golpistas retomaram uma prática já conhecida, mas que quase sempre funciona: tomar dinheiro de familiares de pacientes internados em hospitais públicos. O golpe, já registrado em Campo Grande, está sendo aplicado em familiares de pessoas internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital da Vida, em Dourados, a 233 km da Capital.

De acordo com profissionais que trabalham no setor, os golpistas entram em contato com os familiares e pedem dinheiro para pagar exames e passam uma conta, geralmente poupança, para o depósito. Em muitos os casos usam o nome de médicos para aplicar o golpe.

O caso mais recente aconteceu ontem (25), quando um golpista, se passando por médico da Central de Regulação, telefonou para o setor de UTI e pediu o nome de pacientes internados. Como desculpa, a pessoa disse que o sistema informatizado estava fora do ar, por isso precisava das informações por telefone.

De acordo com a direção do hospital, o caso foi mais uma tentativa de golpe registrada no local nos últimos meses. A Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que gerencia a unidade, informou que a população precisa ficar atenta, pois o hospital não cobra nada de seus pacientes, pois todos os atendimentos são feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Outros casos – Em fevereiro deste ano, um estelionatário se passando por médico tentou tomar dinheiro de familiares de pacientes internados no Hospital da Vida. O golpe foi denunciado à Polícia Civil. As ligações foram feitas de um telefone celular do interior de Mato Grosso.

Um comunicado chegou a ser afixado nos corredores pela direção do hospital informando se tratar de golpe. “Nossos médicos não ligam para familiares de pacientes pedindo depósitos em dinheiro para realização de exames. Nosso hospital atende somente pelo SUS e não cobramos por nenhum atendimento ou procedimento”, dizia o comunicado.

O falso médico disse que os exames eram de urgência e que a família precisava depositar R$ 1.500 para pagar quatro procedimentos. Para receber o depósito, o estelionatário forneceu o número de uma conta poupança e disse que se os exames não fossem feitos o paciente poderia morrer.

Em abril deste ano, um falso profissional de saúde pediu dinheiro para familiares de pacientes internados no HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados HU-UFGD).

Familiares de vários pacientes receberam ligações em que o interlocutor, se identificando como médico da instituição, cobrava valores para exames e outros procedimentos urgentes.

“Tais práticas são mecanismos de um golpe e configuram crime, pois o HU é uma instituição que atua integralmente pelo SUS e não cobra por nenhum procedimento, seja consulta, exame e internação e, tampouco por medicamentos. Todo o tratamento pelo SUS é gratuito”, afirmou a assessoria do hospital, na época.

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