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Interior

Governo de MS quer autonomia para comandar Força Nacional na fronteira

Pedido será encaminhado ao governo federal, segundo o secretário-adjunto de Justiça e Segurança Pública.

Gabriel Neris e Helio de Freitas, de Dourados | 22/01/2019 16:32
Força Nacional atua no interior do Estado para evitar conflitos agrários (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Força Nacional atua no interior do Estado para evitar conflitos agrários (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) pedirá ao governo federal que a Força Nacional esteja à disposição das forças de segurança do Estado para auxiliar no combate ao crime organizado na região de fronteira com o Paraguai. Atualmente, os homens da Força Nacional estão sob determinação da Polícia Federal.

Segundo o secretário-adjunto, coronel Ary Carlos Barbosa, o pedido será encaminhado ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Para que isso ocorra, o Estado precisa de alteração no decreto que determina a permanência da Força Nacional do Estado assinado pelo ministro de Segurança Sérgio Moro.

“Queremos específico para região de fronteira, que vai de Antônio João a Coronel Sapucaia. Vamos fazer o pedido junto ao governador e só mudar a destinação [do decreto]”, disse o coronel ao Campo Grande News.

Do outro lado, o inspetor-chefe da PRF em Dourados, Waldir Brasil Junior, é contrário à solicitação. “A situação é bem-vinda, mas exatamente como está sendo utilizada, à disposição da Polícia Federal em ações pontuais de inteligência”, afirma. “Hoje em dia se não tiver ação de inteligência, esses grandes carregamentos dificilmente serão apreendidos”, avalia o inspetor.

No início deste ano Moro prorrogou por mais 90 dias a permanência da Força Nacional na faixa de fronteira do país com Bolívia e Paraguai e, especificamente, em Caarapó para reprimir conflitos agrários. A portaria foi publicada na edição de 9 de janeiro do Diário Oficial da União, atendendo solicitação do governo estadual.

Segundo Moro, a Força Nacional deve agir para coibir violência relacionada a questões fundiárias no município e para combater tráfico de drogas e contrabando de armas e munições, neste caso, em “caráter episódico e planejado”.

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