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Interior

Greve de educadores pode acabar amanhã, após avanço em negociação

Helio de Freitas, de Dourados | 07/09/2016 10:04
Educadores durante assembleia, ontem em Dourados (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)
Educadores durante assembleia, ontem em Dourados (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)

Depois de quase 80 dias, a greve de professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino pode acabar nesta quinta-feira (8) em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A paralisação teve adesão apenas parcial e a maioria das 45 escolas e 40 centros de educação infantil continuou tendo aula normalmente.

Ontem à tarde, o prefeito Murilo Zauith (PSB) se reuniu com representantes dos grevistas e se comprometeu a implantar o PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração) dos administrativos em outubro. Apesar da crise financeira do município, segundo o prefeito, será possível adotar a medida e com recursos oriundos do Banco do Brasil.

Murilo também assumiu o compromisso de efetivar a incorporação do magistério a partir de 1º de outubro e discutir o piso salarial para 20 horas semanais de trabalho – atualmente o município paga o piso para 40 horas semanais.

Durante a reunião com o prefeito, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) pediu para o município corrigir algumas distorções identificadas no orçamento da educação para conseguir os recursos necessários para a incorporação de 20% do magistério municipal.

As propostas da prefeitura foram apresentadas oficialmente em um ofício levado ontem à assembleia dos educadores pelo líder do prefeito na Câmara, Madson Valente (DEM).

Os educadores apresentaram uma contraposta à prefeitura e reivindicam a retirada de trecho do decreto de Lei do PCCR Administrativo que condiciona o pagamento à disponibilidade de receitas.

Os trabalhadores também exigem a publicação da tabela dos 20% do magistério no Diário Oficial do município.

Outra reivindicação é a retirada do novo decreto da incorporação da chamada “regência”, que poderia, segundo o sindicato, suscitar desconfiança dos aposentados ou em processo de aposentadoria, além de outros casos em que os profissionais não estejam em sala de aula.

Sobre o piso para 20 horas, a categoria espera o pagamento parcelado em novembro e dezembro. A contraproposta será apresentada amanhã à prefeitura, em nova rodada de negociação.

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