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Interior

Guerrilheiro é morto e 3 são presos em confronto com a polícia na fronteira

Confronto ocorreu em Puentesiño, povoado a 20 km do território sul-mato-grossense, perto de Caracol

Helio de Freitas, de Dourados | 16/12/2021 09:21
Policiais em volta do corpo de Elizandro Mariz; ele foi morto com tiro na cabeça. (Foto: Divulgação)
Policiais em volta do corpo de Elizandro Mariz; ele foi morto com tiro na cabeça. (Foto: Divulgação)

Confronto entre guerrilheiros e policiais paraguaios na manhã de hoje (16), terminou com um morto, um agente da Polícia Nacional ferido e pelo menos três presos na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Os presos e o morto seriam membros da ACA (Agrupación Campesina Armada), grupo terrorista de esquerda que atua na região norte do Paraguai.

A troca de tiros ocorreu em fazenda nos arredores de Sargento José Félix López, povoado paraguaio conhecido como Puentesiño, no departamento (equivalente a estado) de Concepción. A cidade fica a menos de 20 quilômetros do território sul-mato-grossense, na região de Caracol.

O guerrilheiro morto foi identificado como Elizandro Balbuena Mariz, 22, um dos principais líderes da ACA na região. Ele foi um dos quatro cabeças do grupo terrorista denunciados pelo sequestro e execução do paraguaio Jorge Manuel Ríos Barreto, 24, o Jorgito, em junho deste ano.

O acampamento onde ocorreu o confronto foi localizado durante investigação da Polícia Nacional sobre um assassinato ocorrido na região.

No final da tarde de ontem, os policiais cercaram o local e passaram a noite vigiando os suspeitos. Eles desconfiavam que o autor do homicídio estaria escondido no local. Só depois descobriram que se tratava de célula da ACA.

Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, a polícia invadiu o local e houve troca de tiros. Elizandro foi morto a tiros de fuzil. Um dos projéteis destroçou a cabeça do rapaz.

Além do fuzil M4 que estava com ele, os policiais apreenderam outro fuzil, escopeta calibre 12, munições e roupas camufladas. A operação foi chefiada pelo promotor de Justiça Joel Díaz.

Os presos foram identificados como os irmãos Sergio e Francisco Mariz Domínguez e Merardo Florenciano Morínigo. O policial ferido com três tiros não teve a identidade revelada. Segundo a Polícia Nacional, o guerrilheiro morto e os três presos são da mesma família, bastante conhecidos naquela faixa de fronteira.

Armas, roupas e botas encontradas com guerrilheiros. (Foto: Divulgação)
Armas, roupas e botas encontradas com guerrilheiros. (Foto: Divulgação)

Sequestro – Os policiais paraguaios afirmam que a célula da ACA desmantelada hoje, é a mesma que sequestrou Jorge Ríos no dia 28 de junho deste ano, na fazenda dos pais dele, na colônia Norte Pyahu, a 3 km do município de Caracol e a 20 km do perímetro urbano de Sargento José Félix López.

Em carta escrita em guarani deixada na fazenda, o grupo terrorista exigiu 200 mil dólares de resgate. A família de Jorgito reside em Ciudad del Este, ligada a Foz do Iguaçu (PR) pela Ponte da Amizade.

Depois de quatro dias de negociação, o rapaz foi executado com tiro na cabeça e o corpo deixado em um assentamento no município de Bela Vista (MS), onde foi mantido em cativeiro, perto do Rio Apa.

Elizandro Balbuena Mariz (morto hoje), Feliciano Bernal Maíz, Hugo Vicente Bernal Maíz e Laubrindo Balbuena Mariz, considerados os principais líderes do grupo terrorista, foram denunciados em setembro deste ano pelo Ministério Público do Paraguai por terrorismo, associação terrorista, privação de liberdade, extorsão e extorsão agravada.

No mês passado, a Polícia Federal em Ponta Porã pediu a prisão preventiva dos quatro guerrilheiros pelo assassinato de Jorge Ríos, ocorrido em território brasileiro.

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