Militares e guerrilheiros paraguaios entram em confronto na fronteira
Pelo menos quatro terroristas da ACA foram abatidos em área a 30 km de Caracol (MS)
Militares paraguaios da FTC (Força-Tarefa Conjunta) entraram em confronto na tarde desta sexta-feira (19) com guerrilheiros do grupo terrorista ACA (Associação Campesina Armada) nos arredores de Sargento José Félix López, povoado paraguaio conhecido como Puentesiño, no Departamento (equivalente a estado) de Concepción.
O Parque Nacional Paso Bravo, a região do confronto, fica a 30 quilômetros de Caracol e a 60 km Bela Vista, no trecho da fronteira em que os dois países são separados pelo Rio Apa. Há relatos de pelo menos quatro mortos.
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Foi nessa área que guerrilheiros da ACA sequestraram e mataram o paraguaio Jorge Manuel Ríos, 24, em julho deste ano. O corpo dele foi encontrado no município de Caracol.
Em entrevista à rádio ABC Cardinal, o porta-voz da FTC, tenente-coronel Luis Apesteguía, confirmou o confronto e falou em três supostos guerrilheiros abatidos pelos militares.
A FTC é um grupo de elite formado por homens das Forças Armadas, treinados especificamente para caçar grupos terroristas de esquerda que dominam a região norte do Paraguai.
Segundo o porta-voz, uma patrulha da FTC percorria a região de Paso Bravo quando foi recebida a tiros por homens escondidos no mato. Os militares revidaram aos disparos e mataram três membros da ACA, grupo responsável pelo sequestro e morte de Jorge Ríos.
Em seguida, a Assessoria de Assuntos Estratégicos do presidente Mario Abdo Benítez confirmou um quarto guerrilheiro abatido durante segundo confronto na mesma região.
Os militares permanecem na área esperando a perícia e o Ministério Público daquele país para tentar identificar os mortos. Segundo o porta-voz, dos três primeiros mortos, dois usavam roupas camufladas e o terceiro estava de trajes civis. Eles estariam armados com fuzil, escopeta e revólver.
Na semana passada, a Polícia Federal em Ponta Porã (MS) pediu a prisão preventiva dos quatro principais líderes da ACA por envolvimento na execução de Jorge Ríos.
Feliciano Bernal Maíz, Hugo Vicente Bernal Maíz, Laubrindo Balbuena Mariz e Elizandro Balbuena Mariz já tinham sido denunciados pelo MP paraguaio por terrorismo, associação terrorista, privação de liberdade, extorsão e extorsão agravada.