Identificado brasileiro morto em área de cultivo de maconha na fronteira
Corpo de Jhonathan Monteiro Nascimento foi reconhecido pela prima; ele morava em Ponta Porã; outros dois mortos eram paraguaios
O brasileiro Jhonathan Monteiro Nascimento, 29, foi um dos três homens mortos sábado (25) no acampamento de produção de maconha, a 50 km da fronteira. O corpo só foi identificado ontem na funerária de Pedro Juan Caballero pela prima dele, Kellen Cristina Moraes.
Jhonathan morava em Ponta Porã e nos últimos dias trabalhava no cultivo de maconha na comunidade Indígena Pysyry, na Colônia Estrella, em plena região dominada pelos traficantes.
No sábado, homens armados invadiram o local, colocaram fogo nas roças de maconha, queimaram o acampamento usado para embalar a droga e mataram os três homens. Os outros dois mortos foram os índios paraguaios Carlos Suárez Silva, 31, e Enrique Mereles, 68.
Os policiais da Colônia Estrella foram informados sobre as mortes através de ligação telefônica por volta de 20h. Equipe comandada pelo comissário Miguel Pérez foi ao local e encontrou os três homens mortos.
Leia Palacios Márquez, 36, disse aos policiais que o marido dela Carlos Silva tinha sido morto com vários tiros. A polícia foi então até outro endereço, onde Elena Mereles Morel, de 19 anos, contou que o pai, Enrique Mereles, tinha sido assassinado e o corpo estava no mandiocal.
O terceiro corpo foi encontrado no acampamento de produção de maconha. Como a vítima não possuía documentos, o corpo foi levado para a funerária em Pedro Juan e ontem reconhecido como Jhonathan Monteiro Nascimento. Ele foi morto a golpes de facão. A arma foi encontrada no local do crime.
A polícia investiga se as mortes estão ligadas a suposto desentendimento das vítimas com o encarregado das lavouras ou se foi ataque de traficantes rivais, já que as roças e o acampamento foram queimados.
