“Incriminado” por câmeras é absolvido após 163 dias de prisão por tráfico
Outro réu foi condenado por manter quase duas toneladas de droga em imóvel
A 2ª Vara Criminal de Dourados absolveu Rafael Lauro Souza Silva, 34 anos, que foi preso em 28 de novembro do ano passado, acusado de manter estoque de quase duas toneladas de maconha, avaliada em R$ 3 milhões. O flagrante foi na Operação Protetor. Ele ficou preso até o último dia 10 de maio. Portanto, 163 dias atrás das grades.
RESUMO
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Rafael Lauro Souza Silva, de 34 anos, foi absolvido pela 2ª Vara Criminal de Dourados após 163 dias de prisão, acusado de tráfico de drogas. Ele foi detido em 28 de novembro do ano passado, durante a Operação Protetor, com quase duas toneladas de maconha. A sentença apontou a falta de provas que ligassem Rafael à droga. As câmeras de segurança mostraram Rafael apenas chegando à residência de Diego Douglas dos Santos Amaral, mas não evidenciaram contato com a substância ilícita. O advogado de Rafael destacou a decisão judicial como um reconhecimento da ausência de provas concretas. Diego, por sua vez, foi condenado a sete anos e seis meses de prisão.
Contudo, conforme a sentença, não havia provas de que deixou a droga - 1.786 quilos de maconha e 6,3 quilos de haxixe - numa residência em Dourados. A prisão foi porque a análise das câmeras de segurança indicou que Rafael deixou a droga no local.
Em depoimento, ele confirmou ter ido a casa de Diego Douglas dos Santos Amaral, 35 anos, mas para deixar cesta básica e cobrar dívida.
“As imagens das câmeras que os investigadores tiveram acesso, as quais não foram trazidas aos autos, quando ouvidos em juízo relataram apenas que foi possível ver Rafael chegando no imóvel e conversando com Diego. Em nenhum momento eles relataram que essas câmeras mostraram Rafael em contato com a droga, ou mesmo que eles trataram acerca do armazenamento”, informa a sentença.
Segundo o advogado Ângelo Magno Lins do Nascimento, a Justiça concluiu que não há elementos que comprovem a participação de Rafael. “A defesa reafirma sua confiança na Justiça e destaca que a decisão reconhece a inexistência de prova judicializada capaz de fundamentar qualquer condenação, pondo fim à injusta acusação que recaía sobre Rafael”.
Já Diego foi condenado a sete anos e seis meses de prisão. Ele está preso e não poderá recorrer em liberdade.
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