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Interior

Jacini atribuiu à União responsabilidade por encerrar bloqueio na perimetral

Liana Feitosa | 01/08/2014 13:17
Em 15 dias, dois bloqueios foram feitos por indígenas em rodovias do Estado. (Foto: Divulgação/ Ademir Almeida)
Em 15 dias, dois bloqueios foram feitos por indígenas em rodovias do Estado. (Foto: Divulgação/ Ademir Almeida)

Em visita a Dourados, distante 233km de Campo Grande, o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, afirmou que não é responsabilidade do Estado interferir em bloqueios causados por indígenas. Só nos últimos 15 dias indígenas fizeram duas interdições.

“Esse bloqueio [na MS-156] é na entrada da aldeia, então no meu entender é uma questão do Governo Federal por meio da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Polícia Rodoviária Federal. A rodovia é estadual pela denominação, mas ela corta uma reserva indígena e por isso, a rigor, deve ser uma rodovia federal”, justificou Jacini em entrevista ao jornal Dourados News.

No dia 20 de julho, um bloqueio impediu o tráfego por quase quatro dias na rodovia perimetral norte, entre a avenida Guaicurus e a MS-156. Um segundo bloqueio está impedindo a passagem de motoristas pela MS-156, que liga Dourados a Itaporã no trecho que dá acesso à aldeia Jaguapiru, desde a última terça-feira (29).

As duas mobilizações são resultado de ações de indígenas da reserva de Dourados. A primeira ação pedia melhoria nas condições de sinalização e instalação de quebra molas na perimetral. Seis indígenas morreram atropelados no local desde o ano passado. Ampliar o acesso dos indígenas à educação foi o motivo do segundo bloqueio.

“Naturalmente nós temos que preservar o direito de ir e vir de todas as pessoas, então a população está muito correta em fazer reclamações por estar impedida de passar. Mas a atribuição não é do Estado e, sim, da União, a quem nós estamos prontos a apoiar caso sejamos solicitados”, contornou Jacini ainda ao Dourados News.

Apesar de manter sua opinião e não colocar o Estado à disposição para solucionar a questão, o secretário reconheceu o direito de ir e vir da população. “Esse conflito de responsabilidade acaba sendo ruim porque as pessoas são prejudicadas em seu direito de ir e vir. No entanto, para resolver isso, as instituições tem que se reunir, estudar e resolver isso, mas a iniciativa tem que ser dos órgãos da União e só entramos no caso se formos acionados a colaborar”, conclui.

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