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Interior

Jovem denuncia "cilada" e diz que foi obrigada a fazer programa

Por quase dois meses a vítima foi obrigada a fazer programas sexuais para pagar dívidas

Geisy Garnes | 19/02/2018 17:09

Uma empregada doméstica de 26 anos procurou a polícia para denunciar a patroa, de 25 anos, por exploração sexual em Dourados - a 233 quilômetros de Campo Grande. A polícia, a vítima relatou que por quase dois meses foi forçada a fazer programas sexuais para pagar dívidas com a suspeita.

A empregada doméstica contou que começou a trabalhar na casa da autora do dia 20 de dezembro do ano passado. Segundo ela, nos três primeiros dias trabalhou normalmente, mas depois disso foi forçada a se prostituir para pagar produtos e eletrodomésticos comprados pela patroa.

A suspeita passou a cobrar da empregada roupas, cestas básicas, produtos de beleza, um guarda-roupa, uma cômoda, um celular e até uma frigideira elétrica, que teria comprado para ela. Para quitar a dívida, a jovem era obrigada a trabalhar nos serviços domésticos até às 10 horas e depois desse horário atender clientes determinados pela moradora.

Conforme o boletim de ocorrência, o valor pelos programas eram pagos diretamente a suspeita, que não repassava nenhuma porcentagem a empregada doméstica. Em depoimento, a vítima afirmou que conseguiu fugir da casa só neste mês e procurou o pai pedindo por ajuda. Todos os documentos e cartões dela ficaram com a patroa, que se negou a devolver.

Ela contou ainda que não havia outras meninas trabalhando no local, onde moravam a autora, o irmão de 16 anos e a mãe dela. Nesta segunda-feira (19), ela resolveu procurar a polícia para denunciar o caso, registrado como rufianismo, crime de exploração a prostituição, na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados.

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