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Interior

Juiz nega prescrição em acusações contra cunhado e enfermeiro no caso Marielly

Defesa de ambos os acusados alegam que acusações prescreveram e pedem liberdade de Hugleice e Jodimar

Ana Paula Chuva e Dayene Paz | 15/09/2022 16:20
Juiz Claudio Pareja falou com a imprensa no intervalo desta tarde. (Foto: Paulo Francis)
Juiz Claudio Pareja falou com a imprensa no intervalo desta tarde. (Foto: Paulo Francis)

Durante intervalo de cinco minutos no julgamento de Hugleice da Silva e Jodimar Ximenes Gomes, na tarde desta quinta-feira (15), o juiz Claudio Pareja explicou à imprensa que não há prescrição nas acusações de aborto que resultou em morte e ocultação de cadáver, alegada pela defesa de ambos os acusados.

Segundo o magistrado, os réus só sairão livres caso a condenação seja menor do que dois anos, mas que nenhuma das acusações prescreveu e se a sentença foi maior que 24 meses, os acusados devem cumprir a pena.

Pareja ainda explicou que a demora no julgamento aconteceu porque a cidade de Sidrolândia não tinha uma vara criminal, por isso os acusados só sentaram no banco dos réus nesta quinta-feira, onze anos após o crime.

Por conta da quantidade de testemunhas, o júri se estende por toda a tarde e, a depender da réplica e tréplica do Ministério Público, pode ser que a sessão se encerre apenas no final da noite de hoje.

Hugleice e Jodimar durante o julgamento na tarde desta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Hugleice e Jodimar durante o julgamento na tarde desta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)

Discussão - Pouco antes do intervalo, a promotora Bianca Machado Arruda Mendes mostrou imagens que fazem parte do processo. Em sua fala, ela relatou que o exame necroscópico levou a descoberta do aborto já que os peritos constataram que Marielly Barbosa Rodrigues sofreu hemorragia.

A promotora ainda colocou Hugleice como coautor intelectual do crime, porque seria o responsável pelo planejamento do aborto e alegou que os materiais encontrados na casa de Jodimar seriam compatíveis com usados em casos de aborto, além disso, citou que a maca apreendida teria passado por reforma para retirada das manchas de sangue.

No entanto, enquanto falava, Bianca foi interrompida pelo advogado David Moura Olindo. O defensor de Jodimar, gritou que a reforma da maca não tinha sido provada nos autos e a promotora então respondeu que a troca dos grampos foi comprovada e que ele não teria lido o processo.

Olindo então respondeu que leu e  teria acompanhado o caso e viu Jodimar apanhar na delegacia. Momento em que a promotora questiona o advogado “E você deixou seu cliente apanhar e não fez nada?”, o defensor diz que fez, mas Bianca afirma que não constava nada nos autos.

 Os dois continuam discutindo e o Olindo afirma que o delegado teria forjado um boletim de ocorrência. A promotora então exigiu que a fala no advogado constasse na ata do julgamento. A sessão então foi interrompida por cinco minutos.

Promotora durante sua fala no julgamento do caso Marielly. (Foto: Paulo Francis)
Promotora durante sua fala no julgamento do caso Marielly. (Foto: Paulo Francis)


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