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Interior

Juiz solta donos de ferros-velhos presos por comprar fio de cobre furtado

Quase 1.500 quilos de cobre foram apreendidos nas três empresas, mas juiz não viu motivo para manter prisões

Helio de Freitas, de Dourados | 16/12/2021 17:59
Juiz solta donos de ferros-velhos presos por comprar fio de cobre furtado
Saco com 633 quilos de fio de cobre lacrado pela polícia durante operação (Foto: Divulgação)

Os três comerciantes de sucata presos ontem em Dourados (a 251 km de Campo Grande) acusados de receptação de fios de cobre ganharam liberdade na tarde desta quinta-feira (16). Nas audiências de custódia, o juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal, entendeu não haver motivo para decretar a prisão preventiva dos empresários.

Guilherme Assunção Vieira, 24, e Luiz Paulo dos Santos Bazilio, 32, pagaram fiança de R$ 3.300 cada um. Nas duas empresas deles, localizadas no Jardim Itália, foram encontrados quase cem quilos de fios de cobre sem procedência. O ferro-velho de Luiz também foi interditado por não ter alvará de funcionamento.

Jovanni Jureni da Silva Viel, 31, dono do Ferro-Velho Jota Jota Colombo, onde foram encontrados 1.400 quilos de cobre, teve de pagar fiança de R$ 5 mil para ficar em liberdade.

Apesar da grande quantidade de material de procedência duvidosa encontrada na empresa localizada na Avenida Weimar Gonçalves Torres, o juiz afirmou não ter motivo para mantê-lo preso. “Não há no auto de prisão em flagrante a correlação entre ocorrências anteriores (origem ilícita dos bens) e os bens apreendidos”, afirmou Deyvis Ecco.

As ocorrências citadas no despacho são apreensões – feitas principalmente pela Guarda Municipal – de fios de cobre furtados. Em várias situações, os ladrões confessaram que entregavam os materiais no Ferro-Velho Jota Jota.

“Afigura-se desproporcional, ao menos por ora e sem prejuízo de posterior reavaliação em caso de mudança do contexto fático, manter o réu no cárcere em regime mais gravoso do que aquele que cumpriria no caso de eventual condenação”, justificou o magistrado ao determinar a liberdade após pagamento da fiança.

Vovó do tráfico – Arminda Galiano Palácio, 64, presa na mesma operação policial por tráfico de drogas, não teve a mesma sorte. Vendendo pasta-base de cocaína em casa mesmo cumprindo pena em regime semiaberto por tráfico, ela vai continuar presa.

O juiz Deyvis Ecco decretou a prisão preventiva dela como forma de garantia da ordem pública, por Arminda ser reincidente no crime. Segundo a polícia, Arminda faturava entre R$ 4 mil e R$ 5 mil por semana vendendo droga e mantém padrão de vida incompatível com a aposentadoria de R$ 800 mensais.

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