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Interior

Justiça aceita denúncia por posse de arma contra sucessor de Minotauro

Paraguaio Ederson Benítez está preso desde janeiro; polícia descobriu que ele usava documento brasileiro falsificado

Silvia Frias e Helio de Freitas | 17/02/2020 16:52
Salinas Riguaçu está detido no Presídio Estadual de Dourados (Foto/Reprodução)
Salinas Riguaçu está detido no Presídio Estadual de Dourados (Foto/Reprodução)

O paraguaio Ederson Salinas Benítez, 30 anos, também conhecido como Salinas Riguaçu, apontado como sucessor do narcotraficante Minotauro, foi denunciado por crime de posse de arma de fogo após briga de trânsito ocorrida em janeiro, em Ponta Porã.

Em decorrência deste processo, ainda há pendente acusação por uso de documento falso e falsidade ideológica descobertas após a briga e que deve ser remetida à Justiça Federal: ele usava certidões de nascimento e identidade brasileiras e falsificadas em nome de Edson Barbosa Salinas, 32 anos.

A manutenção da detenção também levou em conta a informação de que ele seria Salinas Riguaçu, o sucessor de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, umas das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), hoje, preso em Balneário Camboriú (SC).

A denúncia de posse irregular de arma foi oferecida pelo MPE (Ministério Público Estadual) no dia 6 de fevereiro deste ano, em decorrência da briga de trânsito ocorrida no dia 19 de janeiro, na Avenida Brasil.

O juiz Marcelo Guimarães Marques, da 2ª Vara Criminal de Ponta Porã, aceitou a denúncia e determinou audiência de instrução e julgamento para o dia 28 de abril, por videconferência para duas testemunhas residentes em Campo Grande e os demais, de forma presencial, em Ponta Porã.

O caso – No dia 19 de janeiro, policiais flagraram Salinas na rua, armado com pistola calibre 380, discutindo com Fábio Lopez Vilhalva, 23 anos, este, com pistola calibre 9 mm. Além deles, também foi preso o cunhado de Ederson Salinas, Rodrigo Antunes Flores, que dirigia a Toyota SW4 e, segundo os policiais, em visível estado de embriaguez.

Na delegacia, Edson e o cunhado disseram que o motorista do Gol emparelhou com a SW4, apontou uma arma para eles e fugiu. Após perseguição, a briga evoluiu para ameaças, mas foi interrompida pela polícia. Fábio alegou que começou a ser seguido depois de forçar ultrapassagem e foi ameaçado por Salinas Riguaçu.

Edson Salinas, Rodrigo Flores e Fábio Vilhalva foram denunciados por posse ilegal de arma. O MPE deixou de oferecer por ameaças recíprocas já que as partes não representaram contra os supostos autores.

Atendendo a pedido do MPE, o juiz remeteu a denúncia de uso de documento falso e falsidade ideológica contra Salinas Riguaçu à Justiça Federal de Ponta Porã, “tendo em vista que as falsidades importariam em obtenção indevida da nacionalidade brasileira de Ederson Salinas Benitez, bem como o ingresso e permanência irregular do acusado em território pátrio”.

Salinas e o cunhado estão presos no PED (Presídio Estadual de Segurança). Fábio foi liberado em janeiro, após pagamento de fiança.

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