Justiça nega liberdade à mulher do chefe de pistoleiros da fronteira
Esposa de “Aguacate”, Gudelia Vargas foi presa em junho deste ano por lavagem de dinheiro

O Tribunal de Apelação da Justiça paraguaia negou liberdade para Gudelia Vargas, mulher do pistoleiro Marcio Sánchez, o “Aguacate”, apontado como chefe do principal grupo de matadores profissionais que age na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul.
Ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani (executado em 2016), “Aguacate” é considerado foragido, mas moradores da fronteira afirmam que ele circula livremente em Pedro Juan Caballero, acompanhado por homens armados em caminhonetes blindadas.
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Entre os crimes atribuídos ao grupo de “Aguacate” está a chacina de quatro pessoas ocorrida há um ano em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande). A filha do ex-governador do departamento de Amambay, Ronald Acevedo, duas brasileiras e um traficante foram as vítimas.
Também está “na conta” de Marcio Sánchez o assassinato do prefeito de Pedro Juan, José Carlos Acevedo, em maio deste ano. Entretanto, até agora a polícia não apresentou provas do envolvimento do pistoleiro nesses crimes.
Gudelia foi presa em junho deste ano em Pedro Juan Caballero, durante a Operação Persea del Norte. Assim como aguacate, persa significa abacate. Outras três pessoas foram presas na mesma operação.
Ela teve a preventiva decretada, mas seus advogados apelaram pedindo que a mulher fosse colocada em prisão domiciliar. Entretanto, no dia 28 de setembro o juiz de Garantias José Agustín Delmás negou a liberdade. A defesa recorreu então ao Tribunal de Apelação, que também negou o recurso.