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Interior

Menina de 3 anos morre após ser espancada e estuprada; tios são presos

Criança foi resgatada pelo Conselho Tutelar em aldeia de Dourados e levada para o hospital, mas morreu durante a cirurgia

Helio de Freitas, de Dourados | 29/07/2016 08:59
Tios são acusados de espancar e abusar sexualmente da criança que morreu. (Foto: Osvaldo Duarte)
Tios são acusados de espancar e abusar sexualmente da criança que morreu. (Foto: Osvaldo Duarte)

Uma menina indígena de três anos de idade morreu na noite de quinta-feira (28) após ser torturada e estuprada em uma casa na aldeia Bororó, em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A criança chegou a ser resgatada pelo Conselho Tutelar e levada para o Hospital da Vida, mas morreu durante a cirurgia.

A tia da criança, Rosiane Peixoto, 28, e o marido dela, Vanilson Espíndola Argueiro, 28, estão presos. Ambos negam a autoria do crime.

De acordo com policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher que acompanham o caso, ontem de manhã o Conselho Tutelar recebeu denúncia de que uma criança estava sofrendo maus-tratos na aldeia Bororó.

Acompanhados por policiais, os conselheiros foram ao local e encontraram a menina com a mandíbula quebrada, com hematomas em todo o corpo e sinais de violência sexual. A criança foi encaminhada para o Hospital da Vida, onde morreu horas depois.

Rosiane, que é irmã da mãe da menina, e o marido fugiram antes da chegada da polícia, mas com a ajuda de lideranças da reserva indígena os dois foram localizados no final do dia e levados para a delegacia.

Eles negaram qualquer ato de violência contra a menina e disseram que os hematomas e o ferimento no queixo ocorreram porque a criança caiu da moto. Sobre os sinais de abuso sexual, a mulher alegou que dava banho na menina com bucha vegetal e que isso teria provocado as lesões.

A história não convenceu a polícia e os dois estavam sendo autuados em flagrante por tortura e estupro quando funcionários do hospital informaram que a criança tinha morrido. Rosiane e Vanilson foram então autuados em flagrante por estupro e lesão corporal seguida de morte.

A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher em Dourados, Paula Ribeiro dos Santos Oruê, vai falar sobre o caso ainda nesta manhã.

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