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Interior

Mesmo com alvará de soltura, PM da Máfia dos Cigarros continua no semiaberto

Alvará de soltura foi expedido no dia 13 de agosto deste ano

Dayene Paz e Helio de Freitas, de Dourados | 10/09/2021 21:25
Movimentação de policiais durante operação em frente à Corregedoria. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Movimentação de policiais durante operação em frente à Corregedoria. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O policial militar Alisson José Carvalho de Almeida, preso na operação Oiketicus, da Máfia dos Cigarreiros, deflagrada em abril de 2017, teve liberdade provisória concedida pela Justiça. Apesar do alvará de soltura, que foi expedido no dia 13 de agosto deste ano, Alisson ainda cumpre regime semiaberto, no Presidio Militar da Capital, por envolvimento em outros crimes.

A investigação que levou à prisão do policial por envolvimento na máfia do contrabando de cigarros, apontou um rede que abrangia policiais militares, em especial, os que atuavam na fronteira, para a prática do crime de corrupção e organização criminosa. Eles facilitavam o contrabando e recebiam propina. Muitos apresentaram evolução patrimonial incompatível com as rendas recebidas.

Com Alisson, a polícia apreendeu R$ 16.030. Ele é soldado e, conforme consulta ao Portal de Transparência do governo do Estado, recebia salário aproximado de R$ 4,2 mil no mês.

Conforme a decisão, que autorizou sua prisão, o policial tem histórico de envolvimento com contrabando de cigarros mediante propina, sendo denunciado e condenado por corrupção.

Também é citado que, em 2018, ele abordou policial rodoviário federal na região de Maracaju, que fazia vigilância na estrada. Em veículo particular, Alisson se passou por policial militar do serviço reservado da PM (a PM 2) e depois, em outro episódio, no dia 20 de março, por policial federal.

Em 2018, quando recebeu a denúncia, a Justiça desmembrou o processo e Alisson ficou no grupo 3. No grupo 1, estava o tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva e major Oscar Leite Ribeiro. Todos já condenados.

Em decisão, o juiz da Vara da Justiça Militar afirma que a Justiça Federal, em Ponta Porã, declinou competência da Vara para julgar os crimes cometidos por Alisson.

"Os autos foram recebidos por este juízo e conclusos para decisão no dia 10/05/2021. Já no dia seguinte, foi determinado o seu encaminhamento ao Ministério Público para colheita de manifestação pertinente, o qual, por sua vez, ofereceu denúncia em desfavor do ST QPPM José Roberto dos Santos e de Joacir Ratier de Souza (Ex-PM), deixando, na ocasião, de denunciar os policiais militares Aparecido Cristiano Fialho e Alisson José de Carvalho de Almeida, em razão de já terem respondido pelos mesmos delitos (operação Oiketicus)".

Em relação ao crime de facilitação de contrabando, o MP sinalizou que aguardará o recebimento das provas para melhor análise do conjunto e eventual oferecimento da denúncia. Sendo assim, a Justiça revogou a prisão preventiva e expediu alvará de soltura no último dia 13 de agosto.

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