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Interior

Morre menina baleada na cabeça por homem que se matou em altar

Óbito foi comunicado pelo avô da criança em rede social; HU informou que família decidiu doar órgãos da vítima

Helio de Freitas, de Dourados | 15/07/2020 17:32
Carro de funerária em casa onde família foi atacada a tiros, domingo à noite (Foto: Adilson Domingos)
Carro de funerária em casa onde família foi atacada a tiros, domingo à noite (Foto: Adilson Domingos)

Morreu na tarde desta quarta-feira (15) a menina de 4 anos ferida na cabeça pelo segurança Rosemir Fernandes de Souza, 52, que se matou no altar de uma igreja depois de atirar em sete pessoas na noite de domingo (12), em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Beatriz Valenzuela da Costa era neta Lucineide Maria dos Santos Ortega, 51, morta a tiros por Rosemir no ataque que deixou a criança e outras três pessoas feridas, na Rua Rangel Torres, no Jardim Santa Brígida, região norte da cidade.

A menina tinha sido levada em estado gravíssimo ainda no domingo à noite para a UTI neonatal do HU (Hospital Universitário). Ontem surgiram boatos de que a morte cerebral já havia sido registrada.

Em postagem na rede social Facebook, o avô da criança, Zenobio Ortega, comunicou a morte da neta. “É com grande sofrimento que comunico o falecimento da minha netinha Beatriz, vítima de um mostro. Um grande gesto de manter ela viva para doação de órgãos”, escreveu.

A assessoria de comunicação do HU informou ao Campo Grande News que foi constatada morte encefálica e a família manifestou o desejo de doar os órgãos. O processo agora tramita na central de órgãos de Mato Grosso do Sul. O corpo é mantido ligado aos equipamentos até a coleta dos órgãos.

Além de Lucineide e da neta, mortas por Rosemir, quatro pessoas foram atingidas pelos tiros e se recuperam em casa. Ontem tiveram alta Luzia Gonçalves Ortega, 32, ferida com tiro nas costas, e a filha dela, Laura Gonçalves de Paula, 10, atingida no rosto.

Na segunda-feira de manhã já tinham saído do hospital o filho de Lucineide, Dhionatan Santos Ortega, 20, ferido na perna, e Sônia Regina Barros Galvão, 42, moradora na Vila Cachoeirinha, ferida de raspão no rosto.

Ao Campo Grande News, a delegada Paula Ribeiro, que conduz as investigações, informou hoje já ter ouvido sete pessoas, mas várias outras ainda serão interrogadas. A Delegacia da Mulher assumiu o inquérito porque o caso é tratado como feminicídio.

Entre as pessoas já ouvidas está a irmã de Rosemir, para quem ele mandou áudio através do aplicativo WhatsApp afirmando que iria se matar dentro da igreja. Segundo a delegada, a testemunha disse que jamais imaginou o que o irmão planejava fazer.

Paula Ribeiro também afirmou não ser verdadeira a versão de que Sônia Galvão, atacada a tiros na Vila Cachoeirinha, fosse ex de Rosemir. Entretanto, disse que ainda não pode revelar o motivo pelo qual Sônia foi alvo dos ataques.

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