Polícia Civil ouve as três primeiras testemunhas de atentado no interior
As duas meninas baleadas no crime continuam em estado grave
A Polícia Civil ouviu as três primeiras testemunhas do atentado em que Lucineide Maria dos Santos Ortega, de 51 anos, foi morta a tiros e outras cinco pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas na noite de ontem (12) em Dourados, cidade a 233 quilômetros de Campo Grande.
Ao Campo Grande News a delegada Paula Ribeiro dos Santos, titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Dourados informou que ainda está levantando mais informações sobre os crimes e não deu detalhes dos depoimentos. A Delegacia da Mulher assumiu o caso que é tratado como feminicídio.
Tragédia
Lucineide foi executada pelo ex-marido, Rosemir Fernandes de Souza, enquanto estava na frente de sua residência na Rua Rangel Torres, no Jardim Piratininga. Outras quatro pessoas, incluindo Beatriz Valenzuela da Costa, de apenas 4 anos de idade, e Laura Gonçalves de Paula, de 10, estavam no local e também foram atingidas por disparos.
Beatriz continua internada em estado gravíssimo. Já Laura também continua em estado grave e vai ter que fazer uma cirurgia reparadora na face. O disparo que atingiu a criança estraçalhou a sua mandíbula, mas o seu quadro clínico melhorou em relação à ontem.
A mãe de Laura, Luzia Gonçalves Ortega, de 32 anos, também continua na ala vermelha do hospital, mas fora de perigo. Dhionatan Santos Ortega, de 20 anos, filho de Lucineide e que foi baleado na perna, e outra ex-mulher de Rosemir, Sônia Regina Barros Galvão, 42, que levou tiros de raspão no rosto já receberam alta.
O segurança também tentou matar o advogado Teodoro Ximenes. Ele conversava com um amigo quando Rosemir chegou e atirou, mas os dois se jogaram no chão e não foram atingidos. Depois de cometer os crimes na noite de ontem Rosemir se matou com um tiro na cabeça no altar de uma igreja.