ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEGUNDA  06    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Morte de bebê após vacina está na Justiça, sem causa detectada

A menina, que tinha 4 meses, morreu na madrugada de 28 de janeiro, horas depois de ter recebido dose da polio

Lucia Morel | 06/04/2022 16:25
Tamires Vitória tinha apenas 4 meses quando faleceu. (Foto: Redes Sociais)
Tamires Vitória tinha apenas 4 meses quando faleceu. (Foto: Redes Sociais)

Já encaminhado ao Judiciário, caso de morte de bebê de 4 meses no final de janeiro em Três Lagoas continua como morte a esclarecer. O corpo da criança, Thamires Vitória, não foi exumado porque, segundo o delegado Orlando Vicente Sacchi, seria um sofrimento a mais para a família.

O inquérito que apurava a situação foi encerrado como morte a esclarecer e caberá agora ao Ministério Público e ao Judiciário verificar se alguém deve ou não ser responsabilizado.

A menina, que tinha quatro meses, morreu na madrugada de 28 de janeiro, horas depois de ter tomado a vacina contra a poliomielite. A família desconfia que ela teve algum efeito colateral decorrente dessa aplicação, já que as perninhas da criança ficaram sangrando.

Mais tarde, em casa, a menina também apresentou febre, tomou antitérmico e acabou ficando um pouco desanimada, mas os pais acharam que era normal. Todos na casa foram dormir por volta das 22h30 e entre 3h30 e 4h, a mãe, Josiane Aparecida da Silva, de 34 anos, acordou para amamentar a filha quando viu ela sangrando pela boca, pelo nariz e desacordada.

No posto de saúde, segundo os pais, ouviram dos profissionais que atenderam Tamires naquela madrugada, que ela chegou a ser reanimada, após diversas tentativas, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu.

Conforme o delegado, não foi feito laudo no corpo da criança porque ao ser solicitado, a criança já estava enterrada. A exumação foi até cogitada, mas por ser um fator de sofrimento a mais para a família, a ação foi descartada. “Relatórios do médico que a atendeu, do médico da prefeitura e do nosso legista foram inconclusivos”, comentou Sacchi.

Segundo ele, caso queira, o Ministério Público pode, se quiser, solicitar a exumação, mas até onde as investigações apuraram, a causa da morte permanece desconhecida e como não foi feito exame na criança, não foi possível detectar se havia doença preexistente não conhecida ou se mesmo a vacina pode ter tido efeito colateral adverso.

A reportagem tentou falar com a família, mas ninguém atendeu.

Nos siga no Google Notícias