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Interior

No que sobrou onde “Dede” viveu, despedidas que as chamas não vão apagar

Adriano Fernandes | 02/07/2018 22:45
No que sobrou onde “Dede” viveu, despedidas que as chamas não vão apagar
Parede virou murou de despedidas para o morador. (Foto: Foto: Luiz Guido Jr.)

Na madrugada do último domingo (01) as chamas destruíram quase tudo em uma residência do Conjunto Habitacional Assui, em Anastácio, cidade a 135 quilômetros de Campo Grande. No endereço morava Edenilson Bernal, de 48 anos, ou "Dede", como era conhecido e que foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, morto dentro do banheiro da residência. 

Não há informações se o incêndio foi criminoso ou acidental. As causas ainda devem ser investigadas pela polícia, mas o cômodo onde a vítima foi encontrada estava trancado. Hoje, um dia após o incêndio, nas paredes do pouco que restou do imóvel, familiares e amigos deixaram mensagens de despedida. 

“Sdds, tio Dede”, diz uma das mensagens. “Te amo. Vá com Deus amigo. Agora você está com Deus”, escreveu um amigo. "Vai em paz", diz outra mensagem em meio a poucas outras escritas, aparentemente com o carvão que sobrou das chamas. 

Homenagens singelas de quem garante que o morador era uma pessoa querida. "Não tinha tempo ruim. Ajudava a todos. Se visse um animal na rua, ele já recolhia pra ajudar. Se deixassem, gastava todo o dinheiro dele cuidando de animais, de pessoas que não tinham condições", disse a ex-colega de trabalho do morador, Marilene Cecília dos Santos, de 41 anos, ao site o Pantaneiro.

Pouco antes do incêndio, Caio Diego de Castro Soares da Costa, de 20 anos, recebeu o último abraço de Edenilson em um bar onde eles se encontraram para conversar "Foi um cara que a gente podia contar a qualquer hora. Ele deixaria de comer para ajudar outra pessoa se fosse preciso. Não há ninguém com o coração que ele tinha. Antes de sair do bar, ele me deu um abraço e foi embora", diz

Outro jovem José Wellington, de 19 anos, comparou a vítima a um pai. "Era um amigo de longa data, humilde, gente fina e estava sempre junto com a gente. Escrevi aqui o quanto era gente boa e o quanto gostávamos dele. Pra gente, a perda dele é como se tivéssemos perdido um pai, um irmão. Às vezes tem familiares que não são tão presentes como ele era", conclui.

No que sobrou onde “Dede” viveu, despedidas que as chamas não vão apagar
Por dentro todos os móveis da residência foram destruídos. (Foto: Foto: Luiz Guido Jr.)
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