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Onça-pintada ataca morador e leva cãozinho às margens do Rio Paraguai

Cachorro desapareceu; dono foi socorrido pelos bombeiros e levado para atendimento médico

Por Dayene Paz | 07/08/2025 11:43
Onça-pintada ataca morador e leva cãozinho às margens do Rio Paraguai
Bombeiros no local onde aconteceu ataque. (Foto: Divulgação | Bombeiros de Corumbá)

Um homem de 57 anos foi atacado por uma onça-pintada na noite de quarta-feira (6), nas imediações do Mirante da Capivara, em Corumbá, região de mata às margens do rio Paraguai. O felino ainda levou o cachorro da vítima, que tentava protegê-lo no momento do ataque.

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Homem de 57 anos é atacado por onça-pintada em Corumbá (MS). O felino levou o cachorro da vítima, que tentou protegê-lo durante o ataque, ocorrido na noite de quarta-feira (6), próximo ao rio Paraguai. O homem foi encontrado com ferimentos na cabeça, olho e tórax, sendo socorrido e encaminhado ao Pronto-Socorro. Avistamentos de onças-pintadas têm se tornado frequentes na região desde março. Autoridades locais e instituições ambientais criaram um plano de ação para o manejo dos animais, com medidas como repelentes luminosos. A população deve informar avistamentos pelo telefone (67) 3232-2469 ou (67) 99266-4052.

O caso só veio à tona na manhã desta quinta-feira (7), quando parentes e vizinhos perceberam que algo estava errado e chamaram o Corpo de Bombeiros. A vítima, mesmo ferida, não havia contado à família o que havia acontecido.

De acordo com os socorristas, o homem foi encontrado ferido em um barranco próximo à residência onde mora. Ele apresentava corte na testa, lesão no olho direito, ferimento superficial no nariz e fortes dores no tórax. No local, também havia grande quantidade de sangue.

Aos bombeiros, o morador contou que a onça apareceu na noite desta quarta-feira (6) e atacou seu cachorro. Ao tentar salvá-lo, foi derrubado pelo animal e sofreu os ferimentos. O cão foi levado pelo felino e não foi mais visto. Após os primeiros socorros, o homem foi encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal para avaliação médica.

Casos de avistamento de onças-pintadas em áreas urbanas de Corumbá têm se tornado mais frequentes desde março deste ano. O primeiro registro oficial foi feito em 24 de março, após moradores relatarem ao Instituto Homem Pantaneiro a presença do animal na região da Cacimba da Saúde, na área portuária da cidade. Desde então, outros avistamentos vêm sendo comunicados por populares e autoridades locais, acendendo o alerta sobre a convivência cada vez mais próxima entre humanos e grandes felinos.

Ataque e morte - No dia 21 de abril deste ano, o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, conhecido como “Jorginho”, morreu após ataque de onça no pesqueiro onde ele trabalhava como caseiro, localizado a 150 km de Miranda. Jorginho desapareceu nas primeiras horas do dia. Um guia de pesca local foi até o local para comprar mel, como costumava fazer, e estranhou a ausência do caseiro. Ele acabou encontrando vestígios de sangue e pegadas de um animal de grande porte.

Apesar de a propriedade contar com sistema de monitoramento, as câmeras estavam fora de funcionamento no momento do ataque. As buscas levaram à captura de um macho de onça-pintada, de aproximadamente nove anos, em 24 de abril. O animal passou por uma bateria de exames, que identificaram fragmentos de ossos e fios de cabelo humanos nas fezes. O material foi submetido à perícia, e o exame comparativo confirmou a identidade da vítima.

Após ser capturada, a onça foi levada para um centro de reabilitação em Campo Grande e, em seguida, transferida para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo. Lá, recebeu o nome de Irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani. O destino definitivo do felino ainda está sob análise das autoridades ambientais.

Prevenção - Segundo o Diário Corumbaense, equipes da Prefeitura de Corumbá, por meio da FMAP (Fundação de Meio Ambiente do Pantanal), do Ibama/Prevfogo, da PMA (Polícia Militar Ambiental) e do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) iniciaram o Plano de Ação Interinstitucional, destinado ao manejo de onças avistadas em áreas próximas a residências e criações de animais. Foram colhidos relatos da comunidade, esclarecidas dúvidas e as orientações de segurança foram reforçadas.

Outra medida foi a utilização de repelentes luminosos nos pontos onde as onças foram vistas ou tentaram capturar animais domésticos. Os equipamentos piscam em quatro cores diferentes, em sequências variadas, o que tende a afastar os felinos.

Em caso de emergências ou avistamento de animais silvestres, o IHP orienta que a pessoa faça contato pelos telefones (67) 3232-2469 e (67) 99266-4052 e comunique local/data/horário aproximado do avistamento.

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