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Interior

Operação em fazenda de Pavão no Paraguai envolveu até agentes norte-americanos

Avião boliviano usado para transportar cocaína foi queimado no meio da mata

Helio de Freitas, de Dourados | 25/02/2021 10:13
Avião boliviano encontrado no meio do mato foi queimado (Foto: ABC Color)
Avião boliviano encontrado no meio do mato foi queimado (Foto: ABC Color)

A operação policial ontem (24) em uma fazenda do traficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão localizada no Chaco Paraguaio, envolveu grupos de elite da Polícia Nacional do Paraguai e até agentes da Unidade de Investigações Sensíveis da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.

O avião bimotor de procedência boliviana encontrado na propriedade foi queimado no próprio local, assim como uma caminhonete, 34 tambores de acetona (6.800 litros), produto químico usado no refino de cocaína e o acampamento usado pelos narcotraficantes.

Segundo o promotor Andrés Arriola, da unidade antinarcóticos, a decisão pela destruição imediata do avião, da caminhonete e desses tambores de acetona foi tomada porque o local onde foram encontrados é de difícil acesso e seria muito complicado levar as evidências para outro lugar. Já as 42 bolsas, cada uma com 32 quilos de cocaína, foram carregadas pelos agentes antinarcóticos.

Doze pessoas foram presas na operação. Oito tinham sido presas de manhã pelo departamento de combate ao furto de gado. Os policiais desse setor investigavam crimes de abigeato em propriedades da região e acabaram descobrindo por acaso o depósito de acetona.

O fato gerou reclamação por parte do departamento antinarcóticos, que estava no encalço dos traficantes com apoio de agentes especiais norte-americanos.

A fazenda El Tigre, onde a droga, a acetona e o avião foram encontrados, fica na região de Água Dulce, no Chaco Paraguaio, próximo à fronteira do país com a Bolívia. Essa área é rota da cocaína boliviana trazida de avião e depois enviada por vias terrestres e marítimas para o Brasil e países europeus.

Apesar de a imprensa paraguaia afirmar que a fazenda é de Jarvis Pavão, até agora a polícia não informou se a droga pertencia à quadrilha do narcotraficante que tem base na linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã. Atualmente ele cumpre pena no Presídio Federal de Brasília.

Agentes antidrogas posam ao lado de fardos de cocaína e de 4 dos 8 presos (Foto: ABC Color)
Agentes antidrogas posam ao lado de fardos de cocaína e de 4 dos 8 presos (Foto: ABC Color)


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