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Interior

Pai denuncia médico por atendimento mal feito a criança de 5 anos

Segundo o pai, médico "nem olhou" para criança que estava com tosse, dores no peito, febre e irritação nos olhos

Luana Rodrigues | 24/08/2017 17:35

Pai de um menino de 5 anos registrou um boletim de ocorrência, nesta quinta-feira (24), por preservação de direito contra um médico do Hospital Municipal Francisco Sales, em Bodoquena - 266 quilômetros de Campo Grande. O homem afirma que o médico não prestou o atendimento correto, o que acabou agravando o estado de saúde da criança.

Conforme o operador industrial, Leandro Menezes Dutra, na tarde do dia 22, terça-feira, ele levou o filho ao hospital, porque a criança estava com tosse, dores no peito, febre e irritação nos olhos. O médico que estava de plantão era André de Almeida.

"Cheguei e ele (médico) me perguntou porque eu estava ali. Eu expliquei que meu filho estava passando mal e ele me disse que ali não era o local correto para buscar atendimento, que eu devia ir no posto de saúde, porque o caso não era grave. Mas, nisso ele não tinha nem olhada meu filho ainda", disse.

O pai conta que mesmo sem examinar a criança, o médico prescreveu um medicamento para alergia e disse que estavam liberados. "Ele sentou na cadeira e começou a prescrever a receita, eu falei: o senhor não vai olhar ele? E ele disse que não, que não precisava, pois menino não tinha nada. Eu fiquei indignado, mesmo assim, fui e comprei o remédio", afirma.

Leandro diz que o filho só piorou após tomar o medicamento. Ainda segundo o pai, nesta quarta-feira (23), a criança teve febre e estava sonolenta, então, a família buscou atendimento em Miranda - município vizinho, mas o médico local já havia ido embora da unidade de saúde. Ele diz que voltou a Bodoquena e foi atendido por outro médico.

"Esse médico olhou para ele e ficou nervoso, disse que ele não estava bem, tinha secreção no pulmão por causa da bronquite aguda, garganta infeccionada e conjuntivite. Foi feito o procedimento e, graças a Deus, meu filho está bem. Mas e se eu tivesse insistido no remédio e ele piorasse? Ou se eu morasse num sítio, como muitos daqui? Meu filho iria morreu por causa de uma negligência médica", conclui o pai.

A família denunciou o caso à Polícia Civil, que investiga a situação como preservação de direito. O pai também esteve na prefeitura da cidade, já que o médico atende pelo SUS.

O Campo Grande News tentou contato com o médico André de Almeida, no hospital, mas foi informado que ele não estava na cidade.

A responsável pelo hospital, Karen Alves Barbosa, explicou que uma reunião será realizada para que o colega possa explicar o ponto de vista dele da situação e a partir disso, possam ser tomadas as devidas providências.

"Até então, nós não escutamos o outro lado, essa pessoa não me procurou para fazer a denúncia. Mas, estou a par, e já entramos em contato com o secretário de saúde e o diretor clínico do hospital, possivelmente, na segunda-feira será feita esta reunião e tomaremos as medidas cabíveis", disse.

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