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Interior

Passageiro é flagrado com 140 canetas emagrecedoras

No lado paraguaio da fronteira, remédios são vendidos sem receita e com entrega em MS por R$ 50

Por Gabi Cenciarelli | 20/06/2025 12:37
Passageiro é flagrado com 140 canetas emagrecedoras
Produtos eram transportados sem autorização sanitária e seriam utilizados para fins de emagrecimento (Foto: Divulgação)

Um passageiro foi flagrado transportando cerca de 140 unidades de substância de uso controlado, comumente aplicada para emagrecimento, durante fiscalização no Aeroporto Internacional de Ponta Porã, na última quinta-feira (19).

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Passageiro é flagrado com 140 canetas emagrecedoras sem autorização da Anvisa no Aeroporto Internacional de Ponta Porã. O material, encontrado na bagagem, seria usado para fins de emagrecimento e não possuía prescrição médica. O passageiro foi levado à Polícia Federal e pode responder por crime contra a saúde pública. A apreensão evidencia a facilidade de acesso a esses medicamentos no Paraguai, onde são vendidos sem receita. A comercialização ilegal no Brasil, com preços até dez vezes maiores, preocupa autoridades médicas devido aos riscos à saúde pela falta de regulamentação e controle.

O material, encontrado na bagagem, não tinha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tampouco prescrição médica, conforme apurado pelas autoridades que atuam na área.

As canetas foram apreendidas e o passageiro foi levado para prestar esclarecimentos na Polícia Federal. Ele poderá responder por crime contra a saúde pública, previsto na legislação federal.

Na fronteira, acesso é fácil e sem exigência de receita - A facilidade no acesso a essas canetas emagrecedoras no Paraguai já havia sido mostrada em reportagem anterior do Campo Grande News. Em Pedro Juan Caballero, cidade separada de Ponta Porã por uma rua, medicamentos como o Lipoless — que tem o mesmo princípio ativo do Mounjaro — são vendidos em farmácias por cerca de R$ 540, sem necessidade de receita médica.

Vendedores fornecem orientações sobre o uso do produto e, por uma taxa extra de R$ 50, há entrega até em cidades sul-mato-grossenses, como Dourados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, Marcelo Santana, o uso desses medicamentos sem aprovação da Anvisa representa risco à saúde dos pacientes e fere a legislação brasileira. “A falta de testes adequados e a ausência de informações claras sobre o seu uso podem levar a sérios efeitos colaterais”, afirmou.

Comercializados legalmente no Paraguai, os produtos são importados de maneira irregular para o Brasil, onde clínicas chegam a cobrar até dez vezes mais dos pacientes. Em Campo Grande, uma única caneta chega a ser vendida por até R$ 9 mil.

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