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Interior

PM é acusado de sequestrar e manter dois homens em cárcere privado

Caso ocorreu na noite de ontem em Dourados; sogro do policial militar também é acusado de participar do crime que envolve a venda de passagens através de uma agência de viagens

Helio de Freitas, de Dourados | 10/07/2017 08:19
Os dois homens foram encontrados pelo Getam em um apartamento no residencial Maxwell (Foto: Divulgação)
Os dois homens foram encontrados pelo Getam em um apartamento no residencial Maxwell (Foto: Divulgação)

O policial militar Juliano Silveira Pinto, 34, e o sogro dele, o corretor de imóveis Claudenir Ricci, 63, foram presos na noite de ontem (9) em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, acusados de sequestrar dois homens e mantê-los em cárcere privado. A história envolve a venda de passagens aéreas por parte de uma das vítimas, que trabalha como agente de viagens.

O sequestro ocorreu na Vila Toscana, na região oeste da cidade. Por volta de 18h30, a Polícia Militar foi informada que Lucas Willian Fernandes Albuquerque, 21, e Andrews Crislley de Carvalho Reis, 30, tinham sido colocados sob a mira de armas por dois homens e obrigados a entrar em um veículo.

Uma equipe do Getam (Grupo Especializado Tático Motorizado) foi ao local da denúncia e os policiais informados por uma vizinha de uma vizinha de Andrews Crislley. Ela relatou que Andrews e o funcionário, Lucas Wiilian, tinham sido colocados no carro e levados para local desconhecidos.

Os policiais fizeram buscas, mas não encontraram pistas do suposto sequestro. Por volta de 23h30, a PM recebeu uma ligação de Evelyn Gomes, mulher de Andrews.

Ela disse que o marido e Lucas estavam sendo mantidos em cárcere privado no apartamento 5 do residencial Maxwell, da Rua Ciro Melo, região central da cidade.

Uma equipe da PM foi ao local e encontrou os dois homens na companhia do policial Juliano e de Claudenir Ricci. Inicialmente, Andrews e Lucas informaram que “tudo estava bem”, mas os policiais notaram que os dois estavam nervosos.

O coordenador de operações do 3° Batalhão da Polícia Militar foi chamado ao local para acompanhar a situação. Andrews e Lucas foram retirados do apartamento, e longe de Juliano Andrews confirmou que o PM, de posse de uma pistola, tentou agredi-lo por duas vezes em frente de sua residência na Vila Toscana, antes de serem colocados no carro.

Andrews contou que as agressões ocorreram por causa de um desacerto comercial, já que ele não teria conseguido honrar o compromisso de emitir passagens aéreas depois de ter recebido 2.500.

Andrews e Lucas contaram que foram levados ao residencial Maxwell por Claudenir Ricci e por outro policial, de nome Eduardo. Juliano acompanhou atrás, de moto.

Segundo o boletim de ocorrência, no apartamento as vítimas permaneceram em companhia do policial militar Juliano e de Claudenir Ricci.

Por diversas vezes, Juliano teria dito que as supostas vítimas só sairiam do local se resolvessem a emissão das passagens. A mulher de Andrews foi ao condomínio e informou que as passagens teriam sido emitidas naquele momento.

Todos os envolvidos foram encaminhados para a delegacia da Polícia Civil. Juliano foi autuado e encaminhado ao 3ª Batalhão da PM por ter cometido crime militar.

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