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Interior

Polícia descarta envolvimento de empresário em atentado contra Dirceu Bettoni

Fábio Rodrigues Andrade mantinha negócios com prefeito de Paranhos e, conforme a Polícia Civil, não foi indiciado no caso

Humberto Marques | 18/10/2018 17:51
Bettoni foi alvo de atentado no meio deste ano quando chegava em sua casa; inquérito foi concluído em julho. (Foto: Arquivo)
Bettoni foi alvo de atentado no meio deste ano quando chegava em sua casa; inquérito foi concluído em julho. (Foto: Arquivo)

A Polícia Civil de Paranhos –a 469 km de Campo Grande– descartou o envolvimento do empresário Fábio Rodrigues Andrade no atentado contra o prefeito Dirceu Bettoni (PSDB), ocorrido em 14 de junho deste ano. A informação foi confirmada pela reportagem após manifestação dos advogados de Andrade, conhecido na região como “Treme Terra”, que negavam participação de seu cliente nos fatos e também confirmava haver uma boa relação entre ele e o prefeito –com o qual, inclusive, mantinha negócios.

Segundo a Polícia Civil, Fábio Andrade não foi indiciado no caso. O inquérito sobre o atentado a Betoni foi concluído em 27 de junho e remetido ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Em nota, Andrade rechaçou seu envolvimento no crime, inicialmente divulgado como se motivado pela negociação de uma fazenda no Paraguai entre o empresário e Bettoni. Ele admitiu que o negócio foi fechado em 21 de setembro de 2014, arrastando-se até meados de 2017 no Judiciário do Paraguai, no qual ele protocolou duas ações –nas áreas criminal e cível– a fim de solucionar o impasse, que chegou ao fim em 11 de dezembro de 2017, segundo ele, depois que foi firmado um acordo envolvendo as terras.

A implamentação do acordo se deu a partir de fevereiro deste ano, narra o empresário, com a apresentação do plano de fracionamento da propriedade por meio de georreferenciamento, apontando a área que caberia a cada um. Contudo, os pagamentos não teriam sido concluídos –o que, em caso de morte do prefeito, prejudicaria Andrade.

Além desse fato, o empresário afirma manter uma relação amistora com Bettoni, a qual envolvia troca de mensagens e gravações pelo WhatsApp. Conforme seus advogados, “em momento algum o nome do sr. Fábio foi citado no inquérito policial que apura suspeitos bem como os motivos do atentado”.

Duas pessoas foram presas por suposta participação no crime e uma testemunha dos fatos foi executada depois de prestar depoimento. O prefeito passou por quatro cirurgias após o ataque, sofrido quando chegava em sua residência.

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