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Interior

Polícia paraguaia vasculha escritório ligado ao Clã Morinigo na fronteira

Agentes da Senad seguem rota do dinheiro proveniente do narcotráfico na linha internacional

Helio de Freitas, de Dourados | 27/05/2022 11:38
Agente da Senad em escritório de gestão de negócios em Pedro Juan Caballero. (Foto: Divulgação)
Agente da Senad em escritório de gestão de negócios em Pedro Juan Caballero. (Foto: Divulgação)

Seguindo a rota do dinheiro proveniente do narcotráfico, agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) vasculharam nesta sexta-feira (27) o escritório de gestão de negócios jurídicos e contábeis Audilaw, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande).

Localizado na Avenida Mariscal Francisco Solano López, no centro da capital de Amambay, o escritório é investigado por suspeita de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro do “Clã Garcia Morinigo”.

Liderado pelo sul-mato-grossense Emidio Morinigo Ximenes, 65, e pelos filhos dele, Kleber Garcia Morinigo, 43, e Jeferson Garcia Morinigo, 35, a organização é acusada de comandar poderoso esquema de tráfico de drogas do Paraguai para o mercado brasileiro.

A quadrilha foi alvo da Operação Status, desencadeada em conjunto pela Senad e pela Polícia Federal brasileira em setembro de 2020.

Segundo a Senad, durante as buscas de hoje, conduzidas pela Direção Geral de Inteligência da agência, foram recolhidas informações e evidências para continuidade das investigações desenvolvidas conjuntamente com policiais brasileiros.

Em março deste ano, Luis Alberto Benitez Escobar, contador apontado como operador do esquema de lavagem de dinheiro, foi preso em Pedro Juan Caballero. Ele teve a prisão decretada no Paraguai em setembro de 2020, na primeira fase da Operação Status.

Em setembro do ano passado, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região revogou a prisão de Emidio Morinigo. Os filhos dele continuam presos no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Fazendas, mansões e prédios comerciais pertencentes a membros da quadrilha no país vizinho já foram confiscados pelo governo paraguaio.

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