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Interior

Polícia prende quadrilha a partir de exame de DNA em bituca de cigarro

Nícholas Vasconcelos | 30/03/2013 18:55

Uma bituca de cigarro levou a Polícia Civil de Nova Alvorada do Sul, a 100 quilômetros de Campo Grande, a prender uma quadrilha acusada de homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel ocultação de cadáver.

Uéliton José dos Santos, 28 anos, Manoel Félix Peruce, 41, Jorge Antônio Mendes, 39, e Ailton Pereira Menezes, 36, são acusados de torturar e matar Thiago Moreno Polisel, de 21 anos, em 29 de outubro do ano passado. A quadrilha foi presa provisoriamente em dezembro de 2012 e agora, com prisão preventiva, permanece detida até o julgamento.

De acordo com o delegado de Nova Alvorada do Sul, Camilo Kettenhuber Cavalheiro, Jorge procurou a vítima para propor que ela furtasse R$ 30 mil da casa de um morador do assentamento Pana, que fica na zona rural do município. Após o crime, na hora da partilha do dinheiro, Thiago e Jorge se desentenderam.

Jorge então propôs que a vítima o acompanhasse até o bar do “Severino”, onde receberia uma quantia em dinheiro. Thiago foi levado em uma camionete F-250, de Manoel Félix, irmão de Jorge, e foram seguidos por Uélinton e Ailton em outro veículo.

No caminho, Thiago foi rendido e em seguida torturado, teve a mandíbula fraturada e recebeu dois tiros na cabeça. Depois de morto, o grupo ateou fogo no corpo do jovem. Ele foi encontrado pela Polícia próximo de uma mata e sobre o corpo dele, foi encontrada uma bituca de cigarro e uma lata de cerveja.

“Fizemos a apreensão, coletamos a saliva dos quatro e enviamos para a perícia”, explica o delegado Camilo. O exame apontou a presença do DNA de Uéliton, que já tem passagens por dois homicídios, lesão corporal e ameaça. Manoel também já respondeu por homicídio, adulteração de veículo automotor, roubo e lesão corporal.

Durante o interrogatório, os presos apresentaram versões diferentes e sem nexo para o ocorrido. Manoel disse que não esteve no assentamento no dia do crime, mas que passou na casa de seu irmão Jorge. No entanto, Jorge negou ter visto o irmão naquele dia no assentamento.

Já Manoel disse que não viu Ailton no assentamento na data do desaparecimento da vítima, enquanto Ailton afirmou que na data do homicídio acompanhou Manoel e Jorge até o Bar do Severino.

Todos vão responder por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, com emprego de recurso que impediu a defesa da vítima, além de formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Eles estão presos na cadeia de Nova Alvorada do Sul.

O delegado concluiu o inquérito hoje e encaminhará o caso para o MPE (Ministério Público Estadual), que pode denuncia-los à Justiça ou pedir investigações complementares.

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