Sindicato ameaça parar Rodoviária de Campo Grande por falta de segurança
Entidade afirma que trabalhadores sofrem agressões e denunciam ausência de policiamento
Os serviços de emissão de passagens e transporte de passageiros na Rodoviária de Campo Grande poderão ser suspensos por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (14). A possível paralisação foi anunciada por William Alves da Silva, 43 anos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário da Capital, que aponta a falta de segurança como principal motivo para o protesto.
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Funcionários do Terminal Rodoviário de Campo Grande ameaçam paralisar os serviços na próxima quinta-feira (14) por tempo indeterminado. O protesto, liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário, visa denunciar a falta de segurança no local. A situação se agravou após um incidente onde um homem quebrou o vidro de um guichê. O sindicato relata casos diários de hostilidade contra funcionários, presença de andarilhos e transportes clandestinos. A Socicam, administradora do terminal, afirma manter segurança no local, incluindo posto da Guarda Civil Metropolitana e sistema de monitoramento.
O alerta acontece dias após um episódio registrado na manhã de segunda-feira (11), quando um homem quebrou o vidro de um guichê no terminal ao exigir o reembolso de uma passagem da Viação Andorinha. Segundo testemunhas, ele chegou exaltado por volta das 7h40, agredindo verbalmente os atendentes.
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De acordo com William, situações como essa são frequentes e colocam em risco os trabalhadores. “Tem passageiros bravos que vão para cima dos atendentes, e não há segurança, não tem policiamento para atender”, afirmou. Ele também cita a presença constante de “andarilhos” como fator que aumenta a sensação de insegurança.
O sindicalista relata ainda que o problema se arrasta há anos, sem resposta efetiva do poder público ou da administração do terminal. “Procuramos a prefeitura e eles dizem que não é com eles. Procuramos a Socicam, dizem que não é com eles. O governo também diz que não é com eles”, disse.
Outro ponto levantado pelo sindicato é a falta de fiscalização no local. Motoristas de aplicativos e transportes clandestinos abordam passageiros oferecendo viagens, o que, segundo a entidade, reduz a demanda pelo transporte rodoviário regular e já resultou em demissões nas empresas. “Falta segurança particular, falta policiamento, falta guarda municipal, falta fiscalização”, resumiu William.
Em nota, a Socicam, concessionária responsável pela rodoviária, informou que há um posto da Guarda Civil Metropolitana junto aos guichês e que o local é incluído como ponto estratégico para rondas. A empresa afirma também manter um Centro de Controle Operacional com câmeras monitoradas e diálogo constante com órgãos do município para reforçar a segurança e o conforto dos usuários. Segundo a concessionária, não há conhecimento oficial sobre a paralisação.
A Prefeitura de Campo Grande foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
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