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Interior

Polícia refaz trajeto onde candidato foi agredido e procura imagens

Delegado disse que vereador douradense afirma ter recebido três chutes, mas exame de corpo de delito constatou apenas um edema

Helio de Freitas, de Dourados | 03/10/2018 15:20
Cido Medeiros ao chegar nesta manhã na Polícia Civil para depoimento sobre ataque (Foto: Adilson Domingos)
Cido Medeiros ao chegar nesta manhã na Polícia Civil para depoimento sobre ataque (Foto: Adilson Domingos)

Acompanhado de policiais do SIG (Serviço de Investigações Gerais), o vereador e candidato a deputado federal Cido Medeiros (DEM), refez nesta quarta-feira (3) o trajeto em que diz ter sido agredido por quatro homens encapuzados na noite de ontem em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

O chefe do SIG, delegado Rodolfo Daltro, disse que os policiais agora procuram câmeras de segurança para tentar obter pistas dos agressores. Medeiros também prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, onde fica a sede do grupo especial.

Segundo o delegado, o candidato afirma que seguia pela Rua Dom Pedro II, fazendo campanha de bicicleta com uma caixa de som na garupa. No cruzamento com a Rua 1º de Abril, a oito quarteirões de sua casa, diz ter sido abordado por quatro homens em um carro, possivelmente Corolla prata, que anunciaram um assalto.

Cido Medeiros disse no depoimento que jogou a bicicleta e saiu correndo, mas caiu em uma poça de lama, já que o trecho onde estava não tem asfalto.

Temendo ser agredido, o vereador disse que fingiu ter desmaiado, mas percebeu que três homens encapuzados estavam correndo atrás dele, um com uma arma de fogo na mão.

“Nesse momento ele afirma ter sido atingindo por três chutes, nas costas, na cabeça e na perna. O vereador diz que os agressores falaram que iria matá-lo, mas em tom de brincadeira, só para amedrontar”, informou o delegado. “Depois entraram no carro e foram embora”.

Ao Campo Grande News, Rodolfo Daltro disse que Cido Medeiros já foi submetido a exame de corpo de delito e o laudo deve demorar dez dias para ficar pronto. Entretanto, informalmente o delegado foi anunciado que o exame constatou apenas um edema.

“Ele alegou ter recebido três chutes dos autores, porém, foi constatado apenas um edema. Somente após o envio do laudo pelo legista saberemos se o edema é antigo ou decorrente da suposta agressão”, declarou o delegado.

Choro – Na manhã de hoje, o candidato do DEM postou um vídeo em rede social falando sobre o ataque. Ele tranquilizou seus amigos e eleitores e chorou.

“Quero falar para vocês que estou bem, não estou machucado. Vou continuar de cabeça erguida com a minha campanha, mas a gente fica triste, porque só faço o bem para as pessoas. Esse é o resultado da violência, por isso quero ir para Brasília, para ajudar a combater essa violência”, afirmou o candidato.

Ex-líder comunitário, Cido Medeiros ficou de suplente na eleição de 2008 e assumiu a vaga aberta com a cassação de Paulo Henrique Bambu, em 2010, um dos envolvidos na Operação Uragano.

Em 2012, Cido Medeiros foi reeleito como o sexto mais votado, com 2.108 votos. Quatro anos depois conseguiu novo mandato na Câmara de Dourados, dessa vez com 2.278 votos.

À polícia, Cido Medeiros diz não acreditar que a agressão sofrida enquanto fazia campanha tenha motivação política. Também afirmou não ter inimigos e disse que não recebeu nenhuma ameaça.

Filho preso - No dia 17 de dezembro do ano passado, o filho de Cido Mereiro, Marcos Vinicius Medeiros da Silva, 23, foi preso em Dourados após ser flagrado em uma “boca” de drogas no Jardim João Paulo II. Ele estava armado com um revólver Magnum calibre 357, de uso exclusivo das Forças Armadas. Outras três pessoas também foram presas.

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