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Interior

Prefeitura não sabe quando pagará salários e 13º está ameaçado

Informações foram repassadas por assessores de Délia Razuk a representantes de servidores que protestavam na prefeitura

Helio de Freitas, de Dourados | 09/08/2019 14:53
Servidores de Dourados durante protesto hoje em frente à prefeitura (Foto: Adilson Domingos)
Servidores de Dourados durante protesto hoje em frente à prefeitura (Foto: Adilson Domingos)

A Prefeitura de Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul que nos primeiros sete meses do ano arrecadou quase meio bilhão de reais não tem previsão de quando paga o restante do salário de julho dos seis mil servidores municipais. A informação foi repassada nesta sexta-feira (9) por assessores diretos da prefeita Délia Razuk (sem partido) em reunião com representantes do funcionalismo municipal.

Hoje de manhã, servidores revoltados com o parcelamento do salário protestaram em frente ao CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita, mas ela não estava no prédio.

“Foram direto e reto: não tem previsão de quando vão pagar o restante do salário de julho. Falaram que será pago quando entrar receita”, afirmou ao Campo Grande News Sílvia Salgueiro, presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários e de Endemias.

Sílvia esteve na reunião de representantes dos servidores com o secretário de Fazenda Paulo César Nogueira Júnior, com o secretário de Governo Celso Schuch dos Santos e com o procurador-geral do município Sérgio Henrique Pereira Martins de Araújo. “O secretário de Fazenda disse que até dezembro o pagamento será fracionado como foi agora em agosto”, informou a sindicalista.

Segundo ela, outra informação preocupante repassada na reunião pelos representantes da prefeita é sobre o 13º salário. A prefeitura não sabe, ainda se vai conseguir pagar o abono neste ano. “Falaram na reunião que a prioridade é pagar os salários e que até dezembro a situação financeira da prefeitura é crítica”.

No ano passado, a prefeitura só conseguiu pagar o 13º salário após a Câmara de Vereadores devolver R$ 6 milhões de sobras do duodécimo, o repasse constitucional feito mensalmente pelo Executivo ao Legislativo. Mesmo assim, os servidores com maiores salários só receberam o abono em janeiro deste ano.

Na segunda-feira às 14h, os servidores fazem assembleia extraordinária na sede do Sinsemd (Sindicato dos Servidores Municipais de Dourados) para tomar uma posição sobre o atraso nos salários. Entre os temas a serem deliberados está a proposta de greve. A prefeita ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

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