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Interior

Professora da UFGD é afastada após denúncia de importunação a alunas

Medida tem caráter preventivo, conforme ata da instituição

Por Gustavo Bonotto e Helio de Freitas, de Dourados | 11/06/2025 20:03
Professora da UFGD é afastada após denúncia de importunação a alunas
Fachada da Biblioteca Central da UFGD, instituição de ensino situada a 251 km de Campo Grande. (Foto: Arquivo/UFGD)

UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) afastou, por tempo indeterminado, professora de Medicina acusada de importunação sexual contra alunas durante aplicação de prova na casa dela, em Dourados, município situado a 251 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado, o afastamento imediato foi determinado por portaria, publicada nesta quarta-feira (11), como Boletim Oficial de Atos Administrativos da universidade.

A medida tem caráter preventivo e natureza acautelatória, ou seja, não é punitiva neste momento. Segundo apurou o Campo Grande News, o objetivo é proteger os envolvidos enquanto o caso é apurado. A universidade instaurou processo administrativo disciplinar para continuidade da investigação e já acompanha o trabalho da Polícia Civil.

Ainda conforme apuração da reportagem, o acolhimento das alunas foi feito ontem pela manhã, assim que as vítimas foram identificadas. Até então, os nomes estavam sob sigilo. A universidade adotou as medidas previstas para casos do tipo, incluindo apoio às estudantes.

A UFGD foi procurada e informou que irá divulgar nota oficial sobre o caso com mais detalhes.

Entenda o caso - Conforme o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), os atos ocorreram nesta segunda (9), na casa da professora, que é psiquiatra, localizada no Portal de Dourados, bairro de alto padrão da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul.

As acadêmicas do 2º semestre do curso, de 19, 20, 21 e 25 anos, afirmam que foram até a residência da professora para fazer uma prova e, quando chegaram, foram recebidas por homem idoso, usando apenas cueca. Depois, foram agarradas e beijadas à força pelo filho da psiquiatra, homem adulto com idade entre 25 e 30 anos.

Segundo a ocorrência policial, os atos aconteceram na presença da professora, que não o impediu. Para se desvencilhar do homem, uma das acadêmicas disse que tinha namorado. A todo o momento, conforme a denúncia, o individuo dizia: “quanta mulher bonita, quero tirar foto com elas”.

Diante da cena, a professora teria falando para outra pessoa da casa: “tira esse merda daqui”, novamente pedindo desculpas às alunas, dizendo que se tratava de seu filho, que tem TEA (Transtorno do Espectro Autista). Mesmo abaladas, as estudantes fizeram a prova, corrigida em seguida pela professora.

A psiquiatra teria dito: “quem não gostou da nota, pode voltar aqui em casa, estude e volte”. As acadêmicas disseram ter conhecimento que tal professora já havia sido proibida de aplicar avaliações em sua residência, mas não a questionaram, pois, além dela ser autoritária, precisavam de nota.

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