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Interior

Projeto que promete mudar 'a cara' de cidade será votado no Senado

Priscilla Peres | 24/08/2016 11:37
Projeto prevê a criação do parque Jaguatirica. (Foto: Divulgação)
Projeto prevê a criação do parque Jaguatirica. (Foto: Divulgação)
Pista e quadras para esporte estão incluídas no projeto. (Foto: Divulgação)
Pista e quadras para esporte estão incluídas no projeto. (Foto: Divulgação)

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem, o Programa de Desenvolvimento Integrado de Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, que promete ser o maior projeto urbanístico e de mobilidade urbana da história da cidade. Agora a proposta segue para votação no plenário, em regime de urgência.

O programa, caso seja aprovado, vai beneficiar cerca de 60 mil habitantes diretamente. O intuito é "mudar a cara" da cidade, criando uma orla bonita e urbanizada que vai ligar a região Leste a Oeste e chegará em um parque.

A coordenadora do programa, arquiteta e urbanista Maria Clara Scardini conta que a primeira fase do Parque Linear dos Ipês foi inaugurada pelo prefeito Paulo Duarte em 2015, no bairro Centro América e a obra deve ser concluída dentro do programa.

“Nosso objetivo é fazer esse mesmo trabalho, ao longo do trilho, percorrendo os bairros Maria Leite, Universitário, Popular Velha, Nossa Senhora de Fátima até o aeroporto. Nessa área teremos academias de saúde, arenas para apresentação cultural, pistas de skate, campo de futebol, espaços para jogos de mesa, bicicletários, ciclo faixa, bancos, lixeiras, placas de sinalização, mapa de localização, pergolados e estacionamentos”, explicou Maria Clara.

No paisagismo árvores típicas da região pantaneira e espécies que se adaptam bem ao clima local vão garantir conforto e sombra para os usuários. Exemplares de Sibipiruna, Ipê Branco, Ipê Roxo, Clúsia, Tegetes Anão, Lantana Cambará, Jacarandá, Ipê Rosa, Pata de Vaca, Saboneteira, Salvia Vermelha, Ipê Amarelo, Jacarandá, Bela-Emília e Angico Branco serão plantadas ao longo de todo o Parque.

Já o Parque Linear das Jaguatiricas ligará a entrada da cidade, desde o Previsul, até o bairro Guató. São 7,5 km ligando o Centro a região sul, englobando áreas urbanas bastante consolidadas, de uso predominantemente residencial.

Mudanças devem beneficiar mais de 60 mil moradores da cidade, além de turistas. (Foto: Divulgação)
Mudanças devem beneficiar mais de 60 mil moradores da cidade, além de turistas. (Foto: Divulgação)

Esporte e lazer - A cidade também terá um Parque Linear com ciclovia, passeio público e pista de caminhada que percorrem toda a extensão da área, proporcionando melhorias nas condições de acessibilidade e mobilidade dos moradores, com aproveitamento máximo das belezas naturais já existentes, buscando como resultado um ambiente agradável, convidativo e adequado para as atividades de lazer e locomoção.

Foram projetados para esses espaços mobiliários como mesas, bancos e espreguiçadeiras, equipamentos de ginástica, playground articulados com quiosques, outros equipamentos que configuram espaços de descanso, convivência e apoio aos usuários.

Projeto - Elaborado em 2013 pela Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico, o Programa de Desenvolvimento Integrado de Corumbá determina investimentos de US$ 40 milhões na cidade, valor financiado pelo Fundo Financeiro para o Desenvolvimento dos Países da Bacia do Prata (FONPLATA).

“No começo de 2014 iniciamos o processo ao protocolar a carta consulta na Secretaria de Assuntos Internacionais. Após isso houve a análise e sinalização positiva para que Corumbá pudesse fazer a operação de crédito junto ao Fundo Internacional”, detalhou a arquiteta e urbanista Maria Clara Scardini, coordenadora do PDI.

“Em julho do mesmo ano uma equipe do FONPLATA veio à cidade para uma missão de identificação. Em agosto eles retornaram, desta vez para uma missão de orientação. Neste mesmo ano a equipe de planejamento urbano da Prefeitura foi até Brasília defender o projeto. Ou seja, foram várias etapas de muito trabalho para chegarmos até aqui”, detalhou Maria Clara.

“Foram várias as etapas técnicas exigidas não só pelo FONPLATA como também pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda, e atendidas, uma a uma, pela Prefeitura. Essa foi a fase mais demorada e difícil de todo esse processo, pois foram muitos documentos, estudos de viabilidade técnica e econômica, ambiental, projetos executivos e muitos outros”, finalizou a arquiteta e urbanista.

Projeto prevê orla e parque que vão passar por vários bairros. (Foto: Divulgação)
Projeto prevê orla e parque que vão passar por vários bairros. (Foto: Divulgação)
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