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Interior

Proposta de construção de mais uma Unei causa polêmica e revolta empresários

Helio de Freitas, de Dourados | 19/01/2015 15:54

A proposta de construção uma nova Unei (Unidade Educacional de Internação), dessa vez na saída para Caarapó, próximo à Embrapa, causa polêmica desde o final do ano passado em Dourados, a 233 km de Campo Grande. O projeto da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública já estaria em andamento e unidade deve ser construída em terreno a ser doado pela prefeitura.

Entretanto, setores da sociedade afirmam que já existem duas Uneis em Dourados – uma masculina e outra feminina – e a nova unidade só iria trazer transtornos, pois serviria para abrigar menores infratores de outras cidades da região.

Em dezembro passado, o projeto encaminhado pela prefeitura para doar a área ao Estado chegou a entrar na pauta da sessão da Câmara, mas foi retirado após pressão inclusive dos funcionários das Uneis já existentes na cidade, que lotaram a sede do Legislativo para protestar contra a nova unidade.

Nesta segunda-feira, 19, o presidente da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados) Antonio Nogueira se manifestou contra o projeto. “Não concordamos com a instalação de mais uma Unei em Dourados. Mato Grosso do Sul tem 68 municípios e esta unidade poderia ser construída em outro local”, afirmou. O dirigente afirmou ter recebido recentemente do prefeito Murilo Zauith (PSB) a confirmação de que a construção será feita após a doação ser aprovada pela Câmara.

De acordo com a assessoria de Antonio Nogueira, em 2012 o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recomendou a construção de mais quatro Uneis em MS, mas nenhuma delas em Dourados. Segundo relatório do conselho, as novas unidades deveriam ser construídas em Coxim, Paranaíba, Naviraí e Nova Andradina, que poderiam atender suas respectivas regiões.

Conforme a assessoria da Aced, a presidente do Sindicato dos Servidores da Administração de Mato Grosso do Sul, Lílian Fernandes, disse que a entidade discorda da construção de novas unidades, caso o governo do Estado não invista na contratação de mais servidores através de concurso público. “Hoje falta efetivo e é preciso investir na valorização deste servidor”.

Ela cita que Mato Grosso do Sul conta com pelo menos 300 servidores, divididos em 10 Uneis – uma média de 30 agentes por unidade. Estudo levantado pelo sindicato indica que este número precisaria ser quatro vezes maior para atender a rotina das unidades. “Se o governo não estiver disposto a investir em pessoal, a construção de mais uma unidade é completamente inviável neste momento”, afirmou a sindicalista.

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