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Interior

Quadrilha coordenada em MS por mulher 'ex-espiã' de traficantes é presa

Nyelder Rodrigues | 16/10/2017 20:38
'Mãe Loira' chegando para apresentação do grupo criminoso à imprensa (Foto: Adilson Domingos)
'Mãe Loira' chegando para apresentação do grupo criminoso à imprensa (Foto: Adilson Domingos)

Quatro pessoas, entre elas uma "ex-espiã" de traficantes do Rio de Janeiro (RJ), foram presas pela Polícia Civil em Dourados - cidade localizada a 233 km de Campo Grande, após uma quadrilha que planejava uma série de roubos e já estava sendo monitorada pelos policiais.

Jonya Lígia Trote Couto, de 52 anos, conhecida como Madrinha ou Mãe Loira, era quem coordenava o grupo e responsável por captar criminosos para realizar os assaltos em Dourados. Ela também é conhecida da polícia carioca, já tendo sido presa por atuar como espiã de traficantes.

No caso, descoberto em 2010, Jonya se passava por ativista dos direitos humanos e, tendo influência com policiais das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio, conseguia informações e as repassavas para traficantes locais.

Já em Mato Grosso do Sul, a prisão dela aconteceu no sábado (14), quando o grupo estava prestes a entrar em uma casa no bairro Izidro Pedroso. Com eles, haviam armas e toucas ninjas.

Marcos Carvalho dos Santos, vulgo Gago, de 40 anos, Igor França dos Santos, de 19 anos, conhecido como HD, Jonas Souza Rocha, também de 19 anos e apelidado de Moita, foram presos junto com Jonya.

Eles eram monitorados pelo SIG (Serviços de Investigações Gerais) e foram levados por Marcos, em um Volkswagen Golf de cor vermelha, até a quitinete onde morava Jonya, na Vila Rosa.

Já durante à noite, de lá, Marcos, Igor e Jonas saíram e foram para a frente de uma casa, onde esperavam a chegada da proprietária para abordá-la e cometer o assalto. Diante da forte suspeita, eles foram abordados pelos policiais que os monitoravam, evitando o crime e então desmantelando a quadrilha.

Logo após prender em flagrante o trio, os policiais foram até a casa de Jonya, a prendendo também e apreendendo vários objetos, como joias e celulares com mensagens dela articulando os crimes em Dourados.

Segundo o delegado do SIG, Matheus Zampieri, uma das possibilidades apuradas é que Jonya tenha agido a mando do marido, que está cumprindo pena em presídio - o local não foi informado. A participação dela em alguma grande organização criminosa também não é descartada.

Outra coisa que chamou a atenção da polícia no caso é a "fuga" do esteriótipo do criminoso que comete esses tipos de delitos. Além da idade já avançada, Jonya possui ensino superior, o que a distancia da ideia de que busca pelo crime como meio de vida surgiu a partir da falta de oportunidades.

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