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Interior

Recursos de penas alternativas e de apreensões bancam obra do IML de Coxim

Presos do regime fechado atuaram no empreendimento, que teve investimento de R$ 80 e parceria da Sejusp na instalação de equipamentos

Humberto Marques | 10/04/2018 18:59
Sede do IML de Coxim foi inaugurada nesta terça-feira, obra foi construída por presos do regime fechado com bom comportamento. (Foto: TJMS/Divulgação)
Sede do IML de Coxim foi inaugurada nesta terça-feira, obra foi construída por presos do regime fechado com bom comportamento. (Foto: TJMS/Divulgação)

Foi inaugurado na manhã desta terça-feira (10) em Coxim –a 260 km de Campo Grande– a sede do novo IML (Instituto Médico Legal) da comarca, obra custeada com recursos de penas alternativas e da venda de madeira apreendida pela Justiça. Foram investidos cerca de R$ 80 mil na construção e compra de equipamentos necessários para o serviço, executado por presos do regime fechado que têm bom comportamento.

Antes, o IML funcionava no complexo penitenciário local, entre as unidades de regime fechado e semiaberto, em desacordo com questões sanitárias e de segurança. A prefeitura cedeu o espaço de um antigo almoxarifado no Hospital Regional, onde foi construído o novo espaço. A obra também teve participação da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) na colocação de equipamentos, instalados para uso de profissionais, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça.

Supervisor da Covep (Coordenadoria das Varas de Execuções Penais de Mato Grosso do Sul),
o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques reforçou que, por ser um serviço relevante, o IML deveria ter estrutura adequada para atender a sociedade. Além disso, ele destacou a importância da participação dos presos no empreendimento.

“Os detentos tiveram a oportunidade de se ressocializarem, pois o sistema prisional brasileiro encontra-se em grande dificuldade, como é de conhecimento de todos. Temos que dar oportunidades para que essas pessoas possam se recuperar, fundamentalmente, pelo trabalho e retornar a sociedade de forma mais digna”, disse Marques.

A juíza Tatiana Dias de Oliveira Said ressaltou que a ressocialização contribuirá na diminuição da delinquência e na violência contra a sociedade. “Acreditamos no trabalho do preso. É nossa função e é também responsabilidade da sociedade, se quisermos diminuir os índices de criminalidade e a reincidência, principalmente”, afirmou a juíza.

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