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Interior

Reforço de 800 homens chega à área onde ex-vice-presidente foi sequestrado

Policiais e militares paraguaios vão ajudar nas buscas a Óscar Denis, sequestrado há 6 dias

Helio de Freitas, de Dourados | 15/09/2020 16:14
Homens das forças armadas e Polícia Nacional do Paraguai que chegaram hoje ao local do sequestro (Foto: Divulgação)
Homens das forças armadas e Polícia Nacional do Paraguai que chegaram hoje ao local do sequestro (Foto: Divulgação)

Quase 800 homens das Forças Armadas e da Polícia Nacional do Paraguai chegaram nesta terça-feira (15) à base da FTC (Força-Tarefa Conjunta) em Arroyto para atuar nas buscas ao ex-vice-presidente Óscar Denis Sánchez, 74, sequestrado há seis dias por guerrilheiros do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio).

São pelo menos 350 policiais e 434 militares destinados a ajudar nas buscas ao cativeiro mantido pelos guerrilheiros em áreas de mata fechada na região de Bella Vista Norte, na divisa dos departamentos (equivalentes a Estados) de Concepción e Amambay, a 60 quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul.

Além do reforço de efetivo, a FTC recebeu dois veículos blindados, um helicóptero, 12 caminhões, dois micro-ônibus e 19 caminhonetes. Cães farejadores também foram trazidos da capital Asunción para ajudar nas buscas.

Hoje de manhã, as três filhas de Óscar Denis pediram que os militares se afastem temporariamente para permitir que os guerrilheiros peguem os medicamentos usados diariamente pelo ex-político para controle de diabetes e pressão alta. A FTC não se manifestou sobre o pedido.

No fim semana, o grupo terrorista apresentou condições para a libertação do ex-vice-presidente. Além da doação, por parte da família de Óscar, de dois milhões de dólares em alimentos para comunidades pobres dos departamentos de San Pedro, Concepción e Amambay, o EPP exige a libertação de seus líderes Carmen Villalba e Alcides Oviedo Brítez, atualmente cumprido pena por terrorismo.

Até agora não houve avanço nas negociações. Ontem, após pressão de índios da comunidade Pãi Tavyterã, o EPP libertou o empregado de Óscar, Adelio Mendonza, de 21 anos. De etnia indígena, ele tinha sido sequestrado junto com o patrão enquanto percorriam a fazenda de caminhonete.

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