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Interior

Senadora quer imediata reintegração e acusa Funai de “perder” o limite

Leonardo Rocha e Aliny Mary Dias, de Nova Alvorada do Sul | 14/06/2013 11:37
Mobilização dos produtores busca uma solução do Governo Federal em relação aos conflitos agrários (Foto: Marcos Erminio)
Mobilização dos produtores busca uma solução do Governo Federal em relação aos conflitos agrários (Foto: Marcos Erminio)

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da bancada ruralista em Brasília, discursou durante protesto em Nova Alvorada do Sul, que as fazendas que foram invadidas devem ser reintegradas imediatamente, para que o Brasil demonstre ao resto do mundo, que o país respeita a justiça e cumpre a lei estabelecida.

A senadora foi até o protesto feito pelos produtores, demonstrar seu apoio e defesa neste conflito agrário. “Nós queremos nosso direito assegurado, temos condições de aumentar a produção, mas para isto é preciso ter segurança jurídica e política”, ressaltou. Segundo ela, tanto a Funai (Fundação Nacional do Índio) como o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) incentivam as invasões, “instigando” os índios a ocupar áreas produtivas.

“A Funai perdeu o limite, deixou de ser uma instituição republicana para se tornar uma militante, inclusive apoiando ataques a fazendeiros”, acusou Kátia Abreu. O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de MS), Eduardo Riedel destacou que este protesto, demonstra que os produtores estão “pedindo socorro” e que a situação chegou ao limite. “Não tem como o governo federal fechar os olhos”, destacou.

Riedel destacou que existem mais de 66 fazendas invadidas no Estado e que o prejuízo aos produtores é incalculável. “Esperamos que agora o governo federal tome providências e apresente uma solução, seja a reintegração de posse ou desapropriação das terras”, ressaltou ele.

Evento - Produtores rurais do Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul estão neste momento na manifestação ruralista em Nova Alvorada do Sul, 120 km de Campo Grande, juntamente com fazendeiros sul-mato-grossenses. Estima-se que 4 mil pessoas estarão no entroncamento das BRs 163 e 267 até o início da tarde de hoje para engrossar o manifesto que pede paz no campo, fazendo referência ao impasse entre índios e produtores devido a demarcação de terras indígenas.

Resolução Financeira – Na avaliação do presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, o investimento feito no estádio Mané Garrincha, construído para receber os jogos da Copa do Mundo 2014 em Brasília, avaliado em R$ 1,2 bilhão, seria mais que suficiente para pagar terras indígenas demarcadas, incluindo todas as benfeitorias, e sanar o conflito entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul.

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