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Interior

Três meses após acidente, família luta para sepultar corpo "preso" pelo IMOL

Parentes querem indenização do poder público por “flagrante falta de empatia"

Por Izabela Cavalcanti | 24/09/2025 11:50
Três meses após acidente, família luta para sepultar corpo "preso" pelo IMOL
Veículos queimados após acidente na BR262, em junho (Foto: Reprodução/ A Princesinha News)

Há três meses, o corpo carbonizado de Clélio Machado, de 77 anos, permanece no IML (Instituto Médico Legal) de Aquidauana sem identificação formal. O acidente ocorreu em 28 de junho, na BR-262, em Miranda, e envolveu três veículos: um Virtus, uma Parati e uma carreta.

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Corpo de vítima de acidente na BR-262 segue sem identificação no IML de Aquidauana. Há três meses, o corpo carbonizado de Clélio Machado, de 77 anos, aguarda liberação. O acidente, ocorrido em junho, envolveu três veículos e a família busca alvará judicial para sepultamento e indenização por danos morais. A identificação do corpo está dificultada devido à carbonização. O acidente aéreo recente, com quatro vítimas carbonizadas também encaminhadas ao IML de Aquidauana, pode impactar ainda mais o processo. A família busca indenização de R$ 53 mil por danos morais.

No processo, o advogado da família solicita alvará judicial para a liberação do corpo, a emissão do atestado de óbito e a realização do sepultamento, além de indenização por danos morais.

"Ocorre que as autoras (únicas representantes do suposto falecido) não pode liberar o corpo junto ao IML de Aquidauana/MS, haja vista que conforme informações o corpo está bastante carbonizado e com isso, está dependendo de um trabalho mais aguçado, com maior precisão no levantamento de identificação do material”, diz parte do processo.

A família pede a condenação do poder público no valor indenizatório de R$ 53.130 por “flagrante falta de empatia, compromisso e responsabilidade com a causa pública”.

Uma pessoa da família, que preferiu não se identificar, informou que é necessário exame de DNA. Além disso, disse também que as investigações apontam que se trata de Clélio porque o carro envolvido está em seu nome.

“Eles disseram que estão sem material. Esse material vem de São Paulo para fazer a comparação. É um descaso. O corpo foi praticamente todo queimado. Restou apenas parte do tronco e de um osso. Nesse caso, é só por DNA”, disse.

A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul informa que o corpo da vítima permanece no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana e que o exame de DNA deu entrada no Instituto de Análises Laboratoriais Forenses em 3 de julho.

"Foram necessárias diversas tentativas de extração e análise até que se obtivesse uma amostra viável. A identificação genética está em fase de conclusão e será entregue nos próximos dias", disse em nota.

Também informou que o exame de DNA envolve várias etapas. "Em casos de corpos carbonizados, a alta degradação da amostra pode exigir que algumas dessas fases sejam refeitas até se alcançar um resultado conclusivo. Por isso, o tempo para liberação varia, em razão da complexidade do processo de identificação", completou.

O acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira (24), que resultou em quatro mortes, aumenta ainda mais a incerteza sobre quando o corpo de Clélio será liberado. Isso porque as vítimas carbonizadas também foram encaminhadas ao IML de Aquidauana para identificação.

Entenda -  No acidente do dia 28 de junho, Johnny da Silva Costa, de 35 anos, seguia de táxi para Corumbá a trabalho. Ele estava no Virtus envolvido na colisão. Ao portal Diário Corumbaense, relatou que viajava da Capital acompanhado da motorista, uma taxista de 57 anos.

Segundo ele, a condutora reduziu a velocidade ao avistar uma carreta parada na pista sem sinalização e acionou o pisca-alerta.

“Estávamos devagar quando a Parati veio em alta velocidade. O motorista tentou desviar de um carro que estava à frente, perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária e bateu no caminhão. Logo depois, também colidimos”, relembrou.

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