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Interior

Vídeo mostra ataque contra jornalista e engenheiro

Grupo foi espancado e teve equipamentos levados por jagunços em área de Iguatemi

Por Gabriel Neris e Helio de Freitas | 24/11/2023 15:06


Vídeo mostra o momento em que o jornalista canadense Renaud Philippe, de 39 anos, sua mulher, a antropóloga Ana Carolina Mira Porto, de 38, e o engenheiro florestal Renato Farac Galata, de 41, são cercados por grupo de pistoleiros próximo à área de retomada da Fazenda Maringá, em Iguatemi, a 460 km de Campo Grande. O caso ocorreu na quarta-feira.

O grupo chegou a Mato Grosso do Sul no fim de semana anterior para captação de imagens para um documentário sobre as comunidades indígenas. Posteriormente, visitaram os locais das filmagens e participaram da Assembleia Aty Guassu Guarani Kaiowá, em Caarapó, mas acabaram surpreendidos por uma barreira com 30 caminhonetes na estrada vicinal.

Ana Carolina disse que os homens estavam encapuzados. Armados, eles invadiram o veículo e espancaram o grupo. Equipamentos do grupo foram levados, um prejuízo de cerca de 20 mil dólares.

Após deixaram a área, os três conseguiram chegar até Amambai e foram resgatados por equipes de órgãos federais que acompanham a Assembleia Aty Guassu.

Renaud Philippe mostra marca de agressões (Foto: Carol Mira)
Renaud Philippe mostra marca de agressões (Foto: Carol Mira)

Ao Campo Grande News, Renaud diz que todos estão em local seguro e recebendo proteção do MPI (Ministério dos Povos Indígenas), Ministério da Justiça e MPF (Ministério Público Federal), mas prefere não dizer se ainda está em Mato Grosso do Sul. “A única coisa que podemos dizer é que estamos em um lugar longe de qualquer perigo”, disse.

Renato Farac conta que o grupo recebeu dos indígenas relatos de tensão durante a Assembleia Aty Guassu e comunicou uma equipe do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), mas os policiais teriam recebido a informação com “desdém” e que “não tem conflito nenhum”. O grupo seguiu o caminho, quando foi surpreendido por cerca de 30 caminhonetes.

A informação é que a PF assumiu a investigação e foi ao local, acompanhada de equipe da Força Nacional. A assessoria da PF informou que diligências foram realizadas e o caso está sob investigação, mas não detalhou se algum produtor rural da região foi ouvido, se os agressores foram identificados e se há indígenas desaparecidos.

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