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Cidades

Inverno penaliza famílias na periferia de Campo Grande

Redação | 24/06/2009 09:49

A previsão de um inverno com mínima de até 1ºC faz, literalmente, Rosângela dos Santos Pacheco, de 29 anos, tremer. Ela, o marido e três crianças moram na rua Indianápolis, no Jardim Noroeste, e enfrentam o frio com quatro cobertores finos e poucos casacos.

Nos dias mais frios, as meninas Bárbara, de 9 anos, Letícia, 12 anos, e Fernanda, 5 anos, dormem juntas. Na esperança de que o calor humano se sobreponha ao vento frio que entra pelas tábuas e balança a lona amarela que tenta, de forma precária, isolar o quarto.

"Não tem como evitar o vento em uma casa de tábua. O frio aqui dentro é enorme", conta Rosângela, que mora em Campo Grande desde dezembro. Ela e o marido, Egnaldo de Souza Lopes, de 27 anos, trabalhavam em uma carvoaria, em Nova Alvorada do Sul.

A vinda para a Capital foi determinada por um problema de saúde. "Primeiro, moramos de aluguel no Taquarussu. Aqui, pago R$ 100 por mês".

Enquanto Rosângela está desempregada, Egnaldo trabalha descarregando caminhões. Sem registro, o pagamento diário de R$ 40 depende da sorte. "Só recebo se tiver caminhão para descarregar no dia", relata.

Ele conta que o dinheiro vai para a compra de alimentos, o que impossibilita reforçar a quantidade de cobertores ou casacos.

Segundo Rosângela, os cobertores "seca poço" são divididos entre a família. As crianças ficam com três e o casal com apenas um. "Cheguei a pedir ajuda no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] Norte, mas informaram que não dão cobertor", relata.

Vizinhas - Também na rua Indianápolis, o frio é motivo de reclamação para Marineide Aparecida Gomes de Lima, de 25 anos. "Tenho um cobertor e pouca roupa de inverno". Ela mora com dois filhos

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