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Cidades

Juiz sequestra imóvel comprado com recurso desviado do Dnit

Gabriel Neris | 03/04/2013 18:49
Grupo foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção
Grupo foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção

A Justiça Federal de Dourados sequestrou o apartamento do ex-chefe do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) em Dourados, Carlos Roberto Milhorim. A suspeita é que ele foi adquirido através de desvio de verbas públicas que seriam destinadas para a pavimentação de rodovias federais em Mato Grosso do Sul. A denúncia foi aceita pelo juiz federal Ricardo Damasceno de Almeida, da 2ª Vara da Justiça Federal de Dourados

Outras 11 pessoas são acusadas de desviar R$ 14 milhões do Dnit, entre elas o ex-governador Marcelo Miranda, que comandou a superintendência do órgão entre 2013 e o início do ano passado.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), os recursos foram desviados por meio de contratos com as empresas TV Técnica Viária Construções, Rodocon Construções Rodoviárias e ECR Sociedade Civil de Engenharia e Consultoria. As duas primeiras foram contratadas para executar obras e serviços na BR-163 e BR-267.

A ECR fazia a supervisão e controle das obras de restauração executadas pela empresa Técnica Viária. Como a fiscalização das obras era de fachada, a empresa executava os serviços em quantitativos e qualidade inferiores aos contratados, “embolsando” a diferença.

O ex-chefe do Serviço de Engenharia na Superintendência Regional do Dnit, Guilherme de Alcântara Carvalho, também foi denunciado. Ele e Milhorim foram demitidos pelo Ministério do Transporte no mês de janeiro do ano passado. O segundo é apontado como mentor das fraudes.

Também estão na denúncia o engenheiro da Rodocom, Francisco Roberto Berno; o encarregado geral da Rodocom em Dourados, Vilmar José Rossoni; o engenheiro da ECR, Gustavo Rios Milhorim; os sócios da Base Engenharia, que prestava serviço para a Rodocom e Técnica Viária, Renato Machado Pedreira e José Carlos Rozin; e o engenheiro da Técnica Viária, Hilário Monteiro Horta.

Além da funcionária da Técnica Viária, Solange Regina de Souza; o proprietário da Spessato Diesel, Dori Spessato, e Tereza de Jesus Gimenez, funcionária da mesma empresa. As empresas Base Engenharia e Spessato Diesel eram fornecedoras de bens e serviços, atuando indiretamente nos contratos públicos que eram fraudados.

O grupo foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica e corrupção.

Conforme a denúncia, Carlos infiltrou o filho Gustavo Rios Milhorim na empresa ECR para manipular os relatórios de supervisão das obras da Técnica Viária. Para ocultar a relação de parentesco, o filho assinava apenas Gustavo Rios e omitia o sobrenome Milhorim.

Gustavo foi contratado pela ECR logo após a formatura como engenheiro civil, em 2005, por influência do pai, que era supervisor do Dnit. A empresa fazia supervisão e controle das obras de restauração executadas pela empresa Técnica Viária. Gustavo foi aprovado em concurso do Dnit e atualmente é responsável por fiscalizar as obras das empresas Rodocom e Técnica Viária, que continuam prestando serviço para o órgão federal.

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