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Cidades

Juíza de Sonora decreta prisão preventiva de 8 agentes

Redação | 15/05/2009 19:52

A juíza substituta de Sonora, Tatiana de Carli, decretou há pouco a prisão preventiva de oito pessoas que participavam de esquema de desmatamento, corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Elas foram detidas na segunda-feira, durante a "Operação Cupim", desenvolvida pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Os policiais do Gaeco e PRF prenderam, ao todo, 15 pessoas envolvidas no esquema de sonegação fiscal no transporte e retirada de madeira. Cinco empresários presos durante a operação foram beneficiados com delação premiada e já estão em liberdade. Outras duas pessoas conseguiram a liberdade há pouco.

Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), eles conquistaram o benefício porque denunciaram a participação de agentes tributários estaduais no esquema.

A ação envolvia funcionários públicos da Secretaria de Fazenda do Estado que estariam agindo de maneira a evitar a fiscalização dos carregamentos que transitavam em Mato Grosso do Sul, causando prejuízos fiscais e ambientais.

Os cinco empresários soltos hoje foram Júlio Alberto Pereira Pinto, a esposa dele Carine Zanotto, Cláudio Aparecido Pereira Pinto, Hélio Della Vedova de Araújo e Cláudio Goliczeski.

Continuaram presos Cival Pereira dos Santos, Maurício Fernandes Bueno Filho, Nilton José Baraúna, Maurício de Souza Lima, Jorge Barbieri Figueiredo, Jair Aparecido Dias, Aridalton José de Sousa, Eva Santos Gonçalves, Demilson de Santi, Francisco José de Souza e Hélio Alexandre Pires de Araújo, por porte ilegal de arma.

Conforme o MPE, o empresário Júlio Alberto, 31 anos, liderava o esquema de sonegação. Ele residia em Sinop (MT) e coordenava suas empresas Silver Line Transporte e Logística Ltda e J.A. Pinto Transporte Ltda, ambas com sede no endereço residencial dele, e que levavam madeira de Mato Grosso para São Paulo, Santa Catarina e Paraná, passando por Mato Grosso do Sul.

Segundo a PRF, Julio pagava alguns agentes tributários estaduais para cuidar de veículos seus que trafegassem pela fiscalização. Fora isso, também eram duplicadas notas fiscais usadas por mais de um veículo, bem como pelo tipo de madeira transportada, apresentando valor abaixo do mercado, além da informação do peso não condizer com o real.

Quem fazia a duplicação das notas fiscais e carimbos falsos da receita estadual era Cival Pereira dos Santos, ex-funcionário da empresa que prestava serviços ao Posto Fiscal Tributário de Sonora. Ele tinha como cúmplice Francisco José de Souza, que em sua ausência praticava a ação. Para efetuar pagamentos de propina a funcionários corruptos, Cival utilizava a conta bancária da amásia, Eva Santos Gonçalves.

Os fiscais deixavam as carretas de Julio passarem sem abordagem, não sendo fiscalizadas, tampouco emitidas guias de trânsito da mercadoria transportada, causando prejuízos aos cofres públicos. Com a prisão de Sebastião, o empresário teve que mudar a rota dos veículos.

Os empresários chegaram a promover uma gincana para apontar qual o servidor mais se empenhava no "trabalho". Clipes de cores e formas diferentes em cada nota fiscal usada pelo bando indicavam quanto os servidores receberiam ao fim do mês.

Durante a operação foram apreendidos R$ 21,3 mil, 80 euros e dólares e ainda 12 armas. (Com informações do MPE).

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