Laudo pode indiciar policial civil por disparo em festa
O investigador Pedro Wlademir de Andrea, lotado na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) pode ser indiciado por disparo de arma de fogo em público, depois que o laudo da perícia constatar que as cápsulas encontradas no local são de armas de uso da Polícia Civil.
Os disparos são anteriores ao fato ocorrido em 4 de junho, quando Guilherme Henrique Santana de Andrea, filho de Pedro, matou com um tiro o estudante de Direito Ítalo Marcelo de Brito Nogueira, de 27 anos, durante uma festa de família na Vila Piratininga.
Segundo o delegado adjunto do 5° DP, Devair Aparecido Francisco, Pedro poderá responder por disparos ocorridos antes do tiro que matou Ítalo.
"Estamos esperando o laudo para poder indiciá-lo", confirmou. Na data da ocorrência, Pedro estava com uma viatura descaracterizada da Polícia Civil, que servia para fazer o som da festa.
Além disso, o carro tinha armas de calibres diferentes, de uso das autoridades policiais. Em seu primeiro depoimento, Guilherme argumentou que foi buscar a espingarda de calibre 12, quando tentou desviar de um abraço de Ítalo, quando o disparo ocorreu.
Um processo sobre a conduta de Pedro Wlademir está em curso na Corregedoria da Polícia Civil, por conta da "omissão de cautela".
Sobre a investigação do disparo provocado por Guilherme que matou Ítalo, o delegado comentou que a maioria das testemunhas defendeu que o tiro foi acidental. No episódio do disparo feito por seu filho, o investigador do Denar aparece no processo apenas como testemunha.