Lei que proíbe fumo em locais fechados agrada “gregos e troianos”

Fumantes e não fumantes aprovaram o decreto Antifumo, assinado sábado pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que proíbe o fumo em locais fechados e de uso coletivo, acaba com os fumódromos e veta a publicidade do cigarro. No entanto, em Mato Grosso do Sul, esta restrição já vigora há seis anos.
Para a diarista Marta Pedrosa, 49 anos, fumante, a medida é ótima. “É uma coisa irritante, mesmo sendo fumante, eu me incomodo com o cheiro do cigarro”, contou. “Concordo com a lei”, disse. A filha dela, a doméstica Marisol Pedroso, 30, não fuma e concorda com a proibição. “Vai ajudar as pessoas a controlar o vício”, acredita.
A mesma opinião tem a cozinheira Rosana Araújo, 43, fumante há 25 anos. “Concordo com a lei, mas deveriam acabar com o cigarro”, afirmou. Ela disse que as restrições vão ajudá-la a parar de fumar.
“É ótima porque o cigarro causa muita sujeira e a fumaça intoxica e faz mal para quem não é fumante”, analisou a dona de casa Maria Eliza de Souza, 47, cujo marido parou de fumar há dois meses.
“É a melhor lei que Dilma já fez. Deveria proibir a venda de bebida alcoólica também”, defendeu Maria Eliza.
“É um vício desgraçado, concordo e assino embaixo”, disse a dona de casa Maria das Dores Batista, 30. Ela classifica o decreto como “maravilhoso”. “O ideal era acabar com o cigarro na face da terra”, radicaliza a mulher.
O aposentado Carlos de Almeida, 65, também defende a nova legislação. “É importante para não contaminar outras pessoas”, explicou-se. Ele disse que ninguém é obrigado a ingerir a fumaça do cigarro de outra pessoa. “A pessoa não tem a obrigação de fumar também”, ressaltou.
Estadual – Desde de 5 de novembro de 2008, a Lei Estadual 3.576 proíbe o fumo em locais fechados em Mato Grosso do Sul. A medida se estende até estacionamentos de prédios públicos e particulares, elevadores, corredores de prédios e hospitais, transporte coletivo, museus, teatros, cinemas, entre outros.