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Cidades

Ministro anuncia selo social para setor sulcroalcooleiro

Redação | 16/04/2008 13:13

O Ministério da Agricultura poderá criar um selo de qualidade para identificar as indústrias de produção de álcool e açúcar que respeitam a legislação trabalhista e o meio ambiente, anunciou hoje o ministro Reinhold Stephanes. A informação veio um dia depois de a CPT (Comissão Pastoral da Terra) apontar a expansão das lavouras de cana-de-açúcar como a principal responsável pelo crescimento do trabalho escravo no Brasil em 2007, em um relatório que destaca Mato Grosso do Sul com um dos piores quadros no País.

"O selo social servirá exatamente no sentido de atestar as boas práticas da produção de álcool e açúcar. Dentro dessa boas práticas estão, evidentemente, como ponto fundamental, a questão do trabalho", ressaltou o ministro.

Ainda de acordo com a ponderação do ministro, a expansão das lavouras de cana em algumas regiões, entre as quais citou São Paulo ocorre paralelamente à mecanização da produção, o que dispensaria a mão-de-obra. \"A atual expansão se dá praticamente toda mecanizada e é importante citar isso porque São Paulo é o grande centro de produção de açúcar e álcool\", destacou Stephanes, acrescentando que, em apenas dois anos, o percentual de plantação mecanizada passou de 30% para 48%.

"Ou seja, no período de três ou quatro anos São Paulo, possivelmente, será todo mecanizado e nem utilizará mão-de-obra", afirmou o ministro, após participar da 30ª Conferência Regional da Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

O relatório da CPT aponta que dos 5.974 trabalhadores libertados em 2007 de situações análogas à condição de escravo, 52% saíram das usinas do setor sucroalcooleiro. Dos casos de desrespeito à legislação trabalhista registrados pela CPT, o setor ocupa a primeira colocação. Desses 5,9 mil trabalhadores, 27% eram de Mato Grosso do Sul. (Com informações da Agência Brasil)

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