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Cidades

Moradores estão chocados com aborto no Tarumã

Redação | 19/11/2009 12:52

Moradores do Jardim Tarumã, em Campo Grande, estão chocados com o aborto praticado por uma jovem do bairro. A cena mais chocante, na avaliação deles foi ver feto em um vidro com álcool, encontrado na casa da garota.

Informações apuradas pelo Campo Grande News são de que foram vizinhos que acionaram a Polícia, mas eles dizem estar assustados.

Nesta quinta-feira, a Polícia Civil foi acionada para verificar uma denúncia de aborto no bairro. Ao chegar ao local, uma kitnet bem simples, os policiais encontraram o feto e um vidro do cytotec, medicamento usado para prática do aborto.

Uma jovem de 22 anos é suspeita. Foi na kitnet dela que o feto foi encontrado. A casa fica em um terreno onde há no total de 10 kitnets, cinco de cada lado.

Uma dona de casa de 20 anos, conta que a jovem a chamou dizendo estar passando mal. Contou ainda que após o feto ter saído, ela mesmo cortou o cordão umbilical.

A dona de casa disse que viu o feto no vidro com álcool, que é do sexo masculino e aparenta ter entre 20 e 25 centímetros. "Estava formado já", diz ela, com ar ainda de surpresa. Após ver a situação, a dona de casa chamou a mãe, de 42 anos.

A mulher saiu do Jardim Pênfigo e foi para o Tarumã ficar com a filha. "Isso dói na alma. Só quem é mãe sabe o que é um filho. Deus me livre. Imagine a mãe dela quando souber de uma coisa dessas", declara.

Segundo vizinhos, a jovem mora há três meses no local e dizia estar grávida de igual tmepo. No entanto, de acordo com os moradores, a gestação aparentava ser de mais tempo.

O aposentado de 53 anos, diz que mora no bairro há quatro anos e meio e nunca viu uma situação parecida ali e que não quis chegar perto da casa da jovem. "Isso é chocante. Quando o filho da gente adoece a gente já sofre, imagine quando acontece isso".

Quando a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), chegou ao local, muita gente se aglomerou para saber o que acontecia.

A delegada, Regina da Mota, explica que neste primeiro momento a preocupação é com a saúde da jovem.

Ela acredita que o desespero devido à condição social da mãe pode ter motivado a ação. A família vive em uma casa muito pobre no Tarumã.

O caso será investigado pelo 6º DP (Distrito Policial), que deverá apurar se houve um aborto espontâneo ou provocado.

O vidro de Cytotec, que estava aberto e com comprimidos consumidos, foi encaminhado ao distrito policial.

Aborto é crime e a pena prevista varia de um a três anos.

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