Moradores questionam prioridade de tapa-buraco em vias de pouco movimento
A operaçao tapa-buraco em Campo Grande completa um mês no próximo dia 11 e ainda dá o que falar. Segundo a prefeitura divulgou no início dos trabalhos, as vias com maior fluxo receberiam mais ênfase no reparo. Porém, ruas com menor movimentação recebem prioridade ante as mais “cheias”, como a Avenida Calógeras, na região central da Capital.
Nessa avenida, um buraco com cerca de 40 centímetros de diâmetro com 15 centímetros de profundidade tira o sossego de comerciantes da região. “Esse buraco existe há um bom tempo, desde aquela primeira chuva que deu”, disse Mike Montalvão, vendedor de peças automotivas.
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Do outro lado da rua, as reclamações sobre o buraco continuam. Thaisa Noely, 26 anos, é atendente de uma loja de mangueiras para automóveis e já não tem total confiança no serviço que acaba com os buracos. “Faz tempo o buraco está aí. Dizem que vão tapar, mas deve levar uns seis meses”, estimou.
A Rua Miguel Couto é paralela a Avenida Calógeras, e comparativamente recebe um fluxo bem menor de veículos. Por lá o serviço de tapa-buraco está em nível adiantado. A maioria das crateras foram recentemente tapadas, e os que restam já receberam os recortes da máquina.
Jefferson Brito, 30 anos, discorda do que foi anunciado pela prefeitura Municipal. Ele é gerente administrativo de uma oficina que faz alinhamento de automóveis e diz que as equipes da prefeitura dão prioridade para as ruas que tem maior quantidade de buracos, em vez das ruas que tem maior movimento. Jefferson gastou R$ 480 com pneus por conta do atrito com os buracos. “Estão detonando os pneus e a suspensão dos carros”, reclamou.
Uma colega dele, que estava próxima revelou que trocou várias vezes o pneu por conta das crateras nas ruas.
O serviço de tapa-buraco está com nove equipes na cidade, custa R$ 2 milhões por mês, e segundo a prefeitura deve durar pelo 90 dias.