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Cidades

Motim deixa rastro de destruição nos corredores do IPCG

Redação | 25/12/2008 13:08

Depois de cinco horas de rebelião, o estrago é evidente no Instituto Penal de Campo Grande. Entulhos de materiais queimados estão por toda parte no pavilhão 2. Até o presépio e a árvore de Natal, montados na entrada das celas, viraram cinzas. A biblioteca, com acervo com 5 mil obras, foi perdida.

A sala da administração também foi atingida e teve móveis, documentos e computadores danificados. O fornecimento de energia foi cortado e ainda não havia voltado ao normal até o final da manhã de hoje.

No corredor que dá acesso ao pavilhão 2, o rastro de destruição segue até a entrada das celas. Colchões, roupas e madeira queimados estão por todo o caminho. O cheiro de fumaça ainda é forte.

Marmitex com comida estão ainda em uma caixa na entrada de um dos solários, como se tivessem sido abandonadas ontem, no momento do motim. Outras já foram para o lixo.

A rebelião começou por volta das 17 horas, horário que o jantar dos presos começa ser distribuído. Um dos muros do pavilhão 2, que divides as alas, havia acabado de ser pintado e também ficou danificado. Também foram encontradas quase 400 facas artesanais, feitas com pedaços de ferro e talheres.

O policiamento continua reforçado na unidade, por homens do Cigcoe. Parentes, a maioria mulheres, estão em frente ao presídio, a espera de informações sobre os presos. Peritos devem fazer o levantamento do estrago e em seguida será iniciado o trabalho de recuperação do prédio, diz a direção.

O governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), esteve hoje pela manhã no IPCG para verificar os estragos. Também estiveram no local, o secretário de Segurança Pública do Estado Wantuir Afonso Jacini e o diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) Deusdete Souza Filho. Segundo o secretário, a intenção é de que até a próxima quarta-feira, véspera de Ano Novo, as visitas sejam retomadas. "Vamos esperar a avaliação da perícia e ver o que pode ser feito para que na quarta as visitas voltem ao normal". Todos os presos foram deslocados para o pavilhão 1.

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