MS é 2º estado com maior número de presos estrangeiros
Fronteiriço a dois países conhecidos como fornecedores de droga, Paraguai e Bolívia, Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro em número de estrangeiros que cumprem pena nas prisões. Só perde para São Paulo, que concentra metade dos detentos vindos de outros países.
Em todo o Brasil, segundo relatório do mês de junho deste ano do Depen (Departamento Nacional do Sistema Penitenciário), eram 2070 presos de origem estrangeira. Desses, 335 estavam em presídios de Mato Grosso do Sul, o equilante a 16% do total.
Percentualmente, a concentração de detentas estrangeiras é ainda maior no Estado, comparada ao total brasileiro. Na época do levantamento, eram 86, o que representa 23% de todas que cumpriam pena ou aguardavam condenação no Brasil. Os homens, 249 na época, eram 14,5% do universo de presos de outros países no Brasil.
Bolívia e Paraguai lideram quanto à origem das pessoas. No Estado, em junho havia 112 bolivianos e 60 bolivianas nas cadeias, outros 90 paraguaios e 15 paraguaias. Havia também um africano, dois homens e uma mulher de origem argentina, vinte e um peruanos e dez peruanas, oito uruguaios dois portugueses, um sérvio, um suíço e até um cidadão da Tanzânia, país que fica no continente africano.
Como vão até junho, os dados não contabilizam presos ilustres que estão em Mato Grosso do Sul hoje, como é o caso do colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, considerado um dos maiores traficantes do mundo, ou ainda o chileno Rafael Humberto Maureira Trujillo, acusado de pedofilia naquele país. Ambos estão em processo de extradição.
