Em 24h choveu mais de 72% do esperado para novembro em Campo Grande
Instabilidades permanecem, mas a principal mudança é esperada para domingo com a chegada de uma frente fria
A atuação de um sistema de baixa pressão manteve o tempo instável sobre Mato Grosso do Sul entre 15h30 de quarta-feira (12) e 15h30 desta quinta-feira (13). Nesse período, Campo Grande registrou 111,2 milímetros de chuva em 24 horas, o equivalente a 72,2% da média climatológica de novembro, estimada em 154 mm, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Capital não foi a única a acumular grande volume. Outros municípios também tiveram registro acima de 50 milímetros no mesmo intervalo. Bela Vista aparece em seguida, com 91,6 mm. Logo depois, Caracol somou 65,6 mm, enquanto Ponta Porã e Porto Murtinho acumularam 63,8 mm e 63,2 mm, respectivamente. São Gabriel do Oeste registrou 57,0 mm.
- Leia Também
- Bombeiros e Defesa Civil alertam para risco de atravessar áreas alagadas
- Pacientes e funcionários ficam ilhados em postos de saúde durante temporal
Com valores pouco abaixo, mas ainda acima do patamar destacado, Corguinho e Rio Brilhante empataram com 43,4 mm, enquanto Maracaju anotou 42,8 mm, seguido de Nioaque com 41,6 mm, e Aral Moreira e Ribas do Rio Pardo, ambos com 38,8 mm. Embora alguns desses municípios não tenham ultrapassado 50 mm, permanecem entre os que registraram os maiores acumulados do Estado no período monitorado.
A meteorologista Ana Clara Marques, do Climatempo, explica que o sistema de baixa pressão segue atuando no Estado, favorecendo a formação de novas áreas de chuva. Entre sexta (14) e sábado (15), as instabilidades permanecem, mas a principal mudança é esperada para domingo (16), quando a chegada de uma frente fria deve intensificar as tempestades.
“Essa frente fria avança acompanhada de uma corrente de ar quente e úmido vinda da Amazônia, o chamado Jato de Baixos Níveis, que leva grande quantidade de umidade do Norte do país para o interior do Sudeste. Essa combinação aumenta bastante o potencial para tempestades e rajadas de vento mais intensas”, explicou a meteorologista.
A interação entre o ar frio da frente e o ar úmido da Amazônia favorece a formação de nuvens Cumulonimbus, capazes de provocar chuva forte, ventos e descargas elétricas, especialmente no sul e no leste do Mato Grosso do Sul, com destaque para regiões como Três Lagoas, Paranaíba e Ponta Porã. Apesar da intensidade das pancadas, o sistema tem deslocamento rápido, mas pode causar queda de galhos, transtornos em rodovias e interrupções pontuais no fornecimento de energia.




